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Prefeituras de Minas estudam alternativas para pagar salários de professores após reajuste

Com o ajuste, o piso passa de R$ 2.886 pra R$ 3.845

30/01/2022 09h24Atualizado há 3 anos
Por: Redação

Por Itasat

Prefeitos de várias cidades de Minas Gerais avaliam o impacto nas contas públicas a partir do aumento e 33,28% do piso nacional dos professores, anunciado pelo governo federal. Com o ajuste, o piso passa de R$ 2.886 pra R$ 3.845. O aumento leva em consideração o valor, por aluno, pela variação da inflação nos últimos dois anos, conforme prevê a Lei do Magistério. Mais de 1,7 milhão de professores de estados e municípios, que lecionam para mais de 38 milhões de alunos nas escolas públicas, serão beneficiados.

Prefeito de Ponte Nova, na zona da Mata, Wágner Mol Guimarães (PSB), revela quais são os desafios para cumprir o reajuste. "Nossa cidade paga o teto hoje. Mas isso é muito impactante. Nós conseguimos fazer reajuste todos os anos, aumento real, esse ano não é diferente, estamos trabalhando para isso e vamos conceder também, mas é evidente que isso vai impactar muito nos municípios e a gente precisa de ter fonte de recurso para subsidiar este aumento. Os municípios têm a questão da responsabilidade fiscal também, nós temos que cumprir o percentual. Isso pode impactar de maneira tal que possa até ultrapassar o limite", disse. 

Situação semelhante na cidade de Rio Casca, conforme revela o prefeito Adriano Alvarenga (Progressistas). "Eu acho que tudo que a gente puder valorizar os profissionais da educação é válido, a educação é o futuro da nossa nação. Eu sei que é um desafio grande, mas a gente tem também que ter o pé no chão, ter a responsabilidade de fazer o melhor. O piso está aí, ele tem que ser cumprido e todos os desafios que tiveram nessa frente nós temos que ter serenidade, primeiro absorver o assunto e buscar de corretas para cumprir. [Vai ser difícil cumprir?] Acredito que sim. Mas não é impossível", garantiu.

Em Mariana, na região Central do estado, a prefeitura da cidade está mais tranquila. Isso porque, o Executivo municipal já paga acima do piso para os professores e um reajuste de 16% acaba de ser aprovado na câmara municipal. 

Impacto também será sentido nos cofres do governo de Minas Gerais. Secretária de Planejamento e Gestão, Luiza Barreto afirma que o estado está contabilizando os impactos do reajuste. 

“Na verdade, esse reajuste ele impacta todos os estados e todos os municípios. Os parâmetros são definidos pelo Governo Federal, mas efetivamente quem faz o pagamento dos profissionais de educação básica são estados e municípios. É claro que o impacto ele é diferente para cada ente, de acordo com o salário que já é pago. Nós estamos fazendo nossas contas, mas é muito importante que a gente deixe claro a todos que continuaremos a cumprir piso nacional da educação básica. Estamos no momento na avaliação, para prepararmos os projetos de lei necessários desse cumprimento" afirmou.