Por Itasat
Belo Horizonte registrou, oficialmente, a primeira morte de uma criança por covid-19 em 2022. Segundo o boletim epidemiológico do município, divulgado nessa sexta-feira (4), trata-se de um bebê, de menos de 1 ano. Em toda pandemia, duas crianças da faixa etária perderam a vida devido à doença na capital. Outras cinco crianças de 1 a 4 anos morreram.
Minas Gerais registra, em 2022, oito óbitos de crianças por covid-19. Quatro desses óbitos ocorreram no Hospital João Paulo II, referência em doenças respiratórias e localizado na Região Hospitalar da capital mineira.
Os dados reforçam a necessidade de vacinação das crianças, destaca o membro do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, dr. Ricardo Queiroz. De acordo com ele, o cenário atual, com o aumento dos agravamentos das crianças com covid-19 e o receio dos pais de vacinarem os filhos, era inesperado.
"Está acontecendo uma gravidade dos casos de covid-19 da faixa etária de menores de 11 devido à falta de vacinação. A gente sabe que as crianças sempre foram o grupo que mais se vacinou e agora os pais estão temerosos quanto ao uso das vacinas. Isso torna o grupo das crianças de alto risco", explica.
Atualmente, no Brasil, podem ser vacinadas crianças de cinco a 11 anos, conforme autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso das vacinas CoronaVac e da Pfizer. Ainda não há expectativa de quando um imunizante para crianças de 0 a 4 anos estará disponível.
"As duas vacinas que estão disponíveis [CoronaVac e da Pfizer] são seguras e com boa eficácia, do mesmo jeito que são para todas as outras faixas etárias. É preciso que as vacinas sejam aplicadas de forma rápida", completa Ricardo Queiroz.