Por Itasat
Portadores de doenças raras de Minas Gerais têm enfrentado dificuldades em conseguir medicamentos na rede pública estadual de saúde. São quase 70 doenças listadas como raras pelo Centro Especializado de Assistência Farmacêutica do Governo do Estado, entre elas parkinson, diabetes insípido, reumatismo, doenças renais, Alzheimer, epilepsia e diversos tipos de anemia.
Segundo a Mirauada, do Instituto Vidas Raras, a falta de medicamento para esse tipo de doença coloca em risco os pacientes, que em sua maioria dependem do tratamento contínuo. “Muitas vezes o paciente pode ir a óbito porque ali tem alguns medicamentos que são utilizados para convulsões e controle dessas patologias, então causa um dano muito sério porque ele causa um efeito rebote. O paciente está tratando, está evoluindo, ele tem uma falha, fica 2, 3 meses sem medicamento e quando volta tem uma queda no quadro clínico, uma piora no seu estado de saúde, aí volta a tratar e não consegue recuperar o que ele tinha ganho com esse tratamento.”
Mirauada diz também que o Ministério da Saúde também tem atrasado o repasse dos medicamentos que são de responsabilidade de aquisição federal para os Estados.
Para Gustavo Braga Alais, reumatologista representante da Sociedade Mineira de Reumatologia, a falta desses medicamentos pode trazer sequelas definitivas aos pacientes. “O impacto que essa falta pode causar na vida desse paciente é bem individual, mas pode ser desde uma piora da qualidade de vida, até mesmo ao aparecimento de sequelas temporárias ou mesmo sequelas definitivas que podem mudar a vida da pessoa”, explica.
De acordo com governo de Minas, são mais de 20 medicamentos para doenças raras em falta e a maioria deles está em processo de aquisição ou aguardando repasse do governo federal.