Por Itasat
Mais de 100 pessoas ainda estão desaparecidas em Petrópolis, na região serrana do Rio, após o temporal que provocou o deslizamento de encostas na cidade, na terça-feira (14). Até a manhã desta sexta-feira (18), 120 vítimas morreram.
Nessa quinta (17), a Defesa Civil de Petrópolis acionou 14 sirenes como alerta para a previsão de um nova chuva forte no município.
Na tragédia, muitas casas e estabelecimentos desabaram. Entre elas, a residência da costureira Sheila Silva, que está em busca do marido, soterrado depois dos deslizamentos. Ela conta que estava trabalhando em um shopping e havia falado com ele minutos antes de quando tudo aconteceu.
Em entrevista, Sheila afirmou que os Bombeiros procuraram pelo seu marido, não encontraram e a orientação seguinte foi que buscasse informações no IML (Instituto Médico Legal), mas também sem sucesso. Desde então, ela segue apreensiva para tentar localizar o homem.
“Ontem, eu fui pra casa descansar, voltei, vi a dona da casa que eu morava de aluguel, estava aqui também. Como ela conhecia, andou pra lá, andou pra cá e escutou um barulho como alguém batendo numa madeira e pediu atenção ao Corpo de Bombeiros. Falou que tinha que mexer aqui embaixo, que ali em cima não podia. Mexeu nada, falou que tinha risco de deslizamento, parou e foi embora. Só preciso de atenção pra eles poderem procurar ele. Ele é muito forte. Ele tá ali, eu tenho certeza que está vivo”, disse Sheila, bastante emocionada.
Na manhã de hoje, agentes da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgotos) utilizam uma retroescavadeira para ajudar na limpeza da cidade. O resgate fica a cargo do Corpo de Bombeiros.
Como estamos acompanhando, em Petrópolis, há falta de bombeiros militares e de equipes da Defesa Civil para encontrar vítimas desaparecidas. São cerca de 500 agentes na cidade, o que é considerado um número baixo pelo tamanho da tragédia. Muitos moradores e vizinhos de desaparecidos tentam encontrar familiares e amigos por conta própria em meio aos escombros.