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Pneumonia

Diante da nova pneumonia, China e países próximos adotam medidas

Adotando medidas para conter a nova pneumonia que atinge o país

21/01/2020 08h50
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China e países próximos estão adotando medidas para conter a nova pneumonia que atinge o país, oriunda da região central, no momento em que milhões de chineses começam a viajar, devido às férias do Ano Novo Lunar, ameaçando estender a doença.

A ansiedade aumentou após o especialista do governo chinês Zhong Nanshan revelar que o novo tipo de coronavírus, que causa infeções respiratórias em humanos e animais, é transmissível entre humanos. Até agora, as autoridades diziam que não havia evidências de que fosse transmissível.

Quatro pessoas morreram e mais de 200 foram infectadas desde que o vírus foi detectado, no mês passado, em Wuhan, cidade do centro da China, importante centro de transporte doméstico e internacional. Nesta semana foram diagnosticados novos casos em Pequim, Xangai e Shenzhen, que faz fronteira com Hong Kong. Todos os pacientes visitaram Wuhan recentemente.

Fora da China, quatro casos do novo coronavírus foram confirmados entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão e Tailândia, todos oriundos de Wuhan.

Os casos aumentaram o receio de epidemia, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

Em Macau, as autoridades anunciaram que verificarão individualmente os passageiros provenientes de Wuhan, "por via aérea, marítima ou terrestre".

O principal conselheiro para o Ministério da Saúde da Austrália, Brendan Murphy, anunciou que o país aumentou a triagem nos aeroportos. A Austrália recebe um número significativo de viajantes da China e conta com três voos diretos por semana de Wuhan para Sydney.

Citado pela imprensa australiana, Murphy disse que os passageiros são recebidos por equipes médicas para avaliações.

Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e outros locais com vários voos diretos para a China também adotam medidas mais rigorosas de triagem. Pelo menos três aeroportos nos Estados Unidos começaram a rastrear passageiros de companhias aéreas procedentes do centro da China.

"Precisamos aumentar o nível de alerta, pois o número de pacientes continua a aumentar na China", disse o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

Os primeiros casos identificados estão ligados a um mercado de mariscos nos subúrbios de Wuhan. A suspeita é de que os primeiros pacientes tenham contraído o vírus a partir de animais. A transmissão entre seres humanos só foi confirmada nessa segunda-feira (20).

Zhong disse à emissora estatal CCTV que duas pessoas na província de Guangdong foram infectadas a partir de familiares. A Comissão Municipal de Saúde de Wuhan Quinze anunciou que funcionários de hospitais também tiveram testes positivos para o vírus. Na semana passada, a comissão tinha dito que nenhum dos funcionários que teve contato com os pacientes tinha sido infectado.

Nessa segunda-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, instruiu os departamentos do governo a divulgar informações sobre o vírus e aprofundar a cooperação internacional. Durante a epidemia da pneumonia atípica, o governo chinês tentou inicialmente ocultar a gravidade, mas o problema foi mostrado por um médico.

Na rede social chinesa Weibo, o Twitter de lá, vários internautas criaram conselhos de prevenção, como usar máscaras e lavar as mãos. Algumas pessoas disseram ter cancelado planos de viagem e que ficarão em casa nas férias.

Segundo o Ministério dos Transportes, a China deve registrar 3 bilhões de viagens internas nos próximos 40 dias.