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RR MÍDIA 3
Escala de Glasgow

Nível 3: Entenda o estágio de coma da cantora Paulinha Abelha

A escala de Glasgow possui níveis de 3 a 15, sendo o primeiro quando o paciente não responde a estímulos

23/02/2022 13h50
Por: Redação

Por Itasat

O estado de coma da cantora Paulinha Abelha é de nível 3 na escala de Glasgow, quando o paciente não responde a nenhum estímulo. A informação é da própria equipe médica que acompanha a artista, que participou de coletiva de imprensa na última terça-feira (22). A escala possui níveis de 3 a 15, sendo o último sem redução das funções cerebrais.

Conforme o Ministério da Saúde, existe uma escala de pontuações que classifica o nível de consciência de quem está em estado de coma. Veja:

Abertura ocular: espontânea (4); à voz (3); à dor (2); nenhuma (1).

Resposta verbal: orientada (5); confusa (4); palavras inapropriadas (3); palavras incompreensíveis (2); nenhuma (1).

Resposta motora: obedece a comandos (6); localiza a dor (5); movimentos de retirada (4); flexão normal (3); extensão anormal (2); nenhuma (1).

Resposta pupilar: reação bilateral ao estímulo (2); apenas uma reage ao estímulo (1); nenhuma (0).

Boletim atualizado

No início da tarde desta quarta-feira (23), o hospital divulgou boletim atualizado sobre o estado de saúde da cantora. Segundo o informativo, Paulinha “mantém quadro neurológico inalterado em quadro de coma, sem necessidade de medicamentos para ajuste de pressão, respirando com suporte de aparelhos, mantendo a oxigenação adequada e necessitando de hemodiálise para ajuste de função renal”.

De acordo com o boletim, o hospital “segue realizando exames para avaliação e monitoramento contínuo das disfunções orgânicas (neurológica, hepática e renal)” da artista.

Investigação

Em conversa com a imprensa na última terça, a equipe médica revelou que não existe possibilidade de infecção bacteriana no cérebro e morte encefálica. "A pergunta que a gente faz agora é quais as etiologias [causas médicas] que justifiquem uma pessoa estar em um coma, em uma Escala de Glasgow 3, que é a nota mais baixa que você pode ter numa escala de classificação de coma”, contou o médico neurologista, Marcos Aurélio Alves.

Neste momento, os médicos investigam uma possível intoxicação medicamentosa. “Hoje nosso interesse é mantê-la viva. E não está sendo uma função fácil", revelou. Até então, Paulinha seguirá na unidade hospitalar localizada em Aracaju, em Sergipe.

Cronologia

11 de fevereiro – Paulinha Abelha foi internada para tratar problemas renais após turnê com a banda Calcinha Preta, em São Paulo.

14 de fevereiro – A cantora precisou ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e começou a fazer diálise.

17 de fevereiro – A artista entrou em coma após instabilidade neurológica. No período da noite, foi transferida de hospital para fazer exames renais.

18 de fevereiro – Paulinha permaneceu em coma, estável, com quadro de infecção controlado e respirando com a ajuda de aparelho.

19 de fevereiro – O boletim médico informou que a cantora estava intubada e ainda em coma. Além disso, descartaram que a artista estivesse com "doenças infecciosas de interesse epidemiológico para a comunidade".

20 de fevereiro – A cantora apresentou quadro neurológico grave, intubada e seguia na UTI.

21 de fevereiro – Paulinha continuou com quadro neurológico grave, respirando com suporte de aparelhos e fazendo diálise.

22 de fevereiro – Novo boletim médico apontou quadro neurológico, sem necessidade de medicamentos para ajuste da pressão, respirando com suporte de aparelhos, mantenho a oxigenação adequada e necessitando de hemodiálise para ajuste da função renal.

23 de fevereiro – A artista manteve o quadro neurológico inalterado em quadro de coma, sem necessidade de medicamentos para ajuste de pressão, respirando com suporte de aparelhos, mantendo a oxigenação adequada e necessitando de hemodiálise para ajuste de função renal.