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CRIME DE TRÂNSITO

Advogado que matou manicure com BMW vai responder por homicídio e omissão de socorro

Suspeito teve a prisão em flagrante ratificada pela Polícia Civil

01/03/2022 08h54
Por: Redação

Por Itasat

O advogado suspeito de matar atropelada a manicure Cássia Chagas, de 35 anos, na Avenida Raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul de BH, teve a prisão em flagrante ratificada pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (28). Ele vai responder por homicídio culposo, sob influência de álcool e por omissão de socorro. 

Segundo a Polícia Civil, o suspeito "foi encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça". A BMW que ele dirigia foi removida para o pátio e as investigações vão seguir na Delegacia Especializada em Investigação de Crimes no Trânsito. O exame do etilômetro acusou 0,56 mg/L. 

Cássia saía de uma festa no Santa Lúcia e foi atingida quando entrava no carro. Ela morreu na hora. 

O irmão da vítima, Pietro Chagas, chegou minutos depois ao local do crime "Minha irmã agora não tem jeito mais. Tenho dó do meu sobrinho. Nossa mãe faleceu, nosso pai faleceu, era só eu e ela. Ela estava desempregada também, como é que meu sobrinho vai ficar? Matando uma chefe de família. Ele tem que pagar pelo que fez". 

Ele contou o que a testemunha disse. "A amiga da minha irmã estava no passeio e passou para o lado da rua para abrir o carro para entrar. E aí esse rapaz veio, ela só escutou um barulho imenso, parecendo um carro batendo em outro. Esse carro saiu acelerado, ela viu que era uma BMW azul e achou minha irmã quase desacordada"

Falsa comunicação de crime 

Pouco tempo depois do acidente, o advogado foi até um posto policial e relatou que havia discutido com um flanelinha e que, por conta do desentendimento, poderia ter atropelado o outro homem. Só que este flanelinha nunca apareceu. 

À Itatiaia, o suspeito disse que não fez o teste do bafômetro e negou o atropelamento."Eu senti que o flanelinha foi atingido na hora que passei. Em nenhum momento atropelei uma mulher. Eu sou advogado e sei das consequências, a primeira coisa que eu faria era parar meu carro e entrar em contato com a Polícia Militar para tentar prestar socorro. Eu ingeri bebida alcoólica, sabia que ia dar no etilômetro mas em nenhum momento me recusei. 

Contudo, a PM diz que o boletim de ocorrência consta a realização do teste e um resultado com dosagem alcoólica muito acima do permitido, configurando crime de trânsito.