O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro negou na noite dessa segunda-feira (20) uma eventual candidatura à Presidência, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
"Não tenho esse tipo de ambição. Temos de ter bastante pé no chão. Existe o famoso ditado antigo que diz sic transit gloria mundi (toda glória do mundo é transitória, em latim). Então, essas questões de popularidade, elas vem, vão, passam, e o importante para mim é fazer meu trabalho como ministro da Justiça, e foi o que eu me propus com o presidente. Acho que estamos num caminho certo", afirmou.
Questionado se assinaria um documento em que se comprometeria a não concorrer, o ex-juiz da Lava Jato afirmou: "Não faz sentido assinar um documento desse, porque muitas pessoas assinaram e depois rasgaram. Eu não tenho esse tipo de pretensão".
O presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar o nome do ministro para seu vice nas próximas eleições. Pesquisa Datafolha divulgada em janeiro indica que Moro é conhecido por 93% dos brasileiros e aprovado por 53%. Antes, o mesmo instituto divulgou pesquisa de avaliação do presidente, indicando que a aprovação dele é de 30%.
No entanto, Moro disse que o "candidato do presidente Jair Bolsonaro deve ser ele mesmo". "Ele já manifestou o desejo de ser reeleito".
"Evidentemente, os ministros vão apoiar o presidente. É um caminho natural. Eu não tenho esse tipo de ambição. Eu posso dizer: minha vida é suficientemente complicada. Eu estou pensando no presente momento. Não posso pensar no que vou fazer daqui a dez anos", declarou o ministro, que especulou a possibilidade de tirar "um ano sabático" ou de migrar para a iniciativa privada.