Por Itasat
O suspeito de matar Letícia Karolayne Lopes, de 13 anos, em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, confessou que não tinha qualquer relação com a adolescente. Ontem (13/4), a Polícia Civil prendeu o suspeito. O corpo da adolescente foi encontrado na sexta-feira (8), horas depois de ela perder contato com a família após sair para buscar um carregador na casa do namorado
De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito trabalha com manutenção de asfalto disse que ela foi atacada aleatoriamente. O autor confesso do crime disse viu a adolescente 'sentiu desejo'. O homem não tem passagens pela polícia e estuprou a com uniforme da empresa - mesma roupa que estava no momento em que foi preso.
Ele é casado e tem dois filhos. A Polícia Civil agora vai investigar se ele pode ter cometido mais crimes sexuais.
O investigador Léo Alves da delegacia de Igarapé disse que uma denúncia levou a polícia até a empresa onde ele trabalha. "Checamos mais câmeras de circuito interno, onde foi possível visualizar bem nitidamente a roupa e a face do autor. Fomos até a empresa que usava uniforme parecido. Ao mostrar a imagem para um funcionário da empresa, de imediato, ele indicou o suspeito. Deslocamos até a casa dele, na cidade de Igarapé, no Bairro São Sebastião. Quando chegamos, ele estava voltando do trabalho. Ele foi abordado e assumiu a autoria do crime".
O homem disse que apenas cruzou com ela nesse caminho e resolveu segui-la. "Ele disse que achou a moça bonita e sentiu o desejo de ir atrás dela e efetuou o crime. Ela ofereceu a ele o telefone celular e ela falou que não queria. Ela tentou correr, mas ele desferiu uma pedrada que acertou a sua parte da cabeça atrás. Ela caiu e ele desferiu uma pedrada em sua face, arrastou até um monte de terra e consumiu o fato do estupro", disse o delegado.
Muito emocionada, mãe de Letícia Ana Carolina Barbosa, conversou com a imprensa e disse que queria entender o porquê de tanta brutalidade. "Eu quero perguntar, por que ele fez isso com ela? O por quê? Ele nem conhecia ela. Ele tem uma filha dentro de casa", disse.
Ela descreveu a filha como inteligente, brincalhona, sorridente e com muitas amizades. "Tirou a vida dela por nada. Como que uma pessoa dessa fica no mundo solto aí? Não pode. Como pode a pessoa confessar tão friamente?", questionou a mãe.
De acordo com a PM, a esposa do suspeito tomou um susto ao saber sobre o crime. "É uma situação sem explicação, a gente fica sem entender o que porque que ele fez isso", lamentou Ana Carolina.
Quando Vanderlei Ferreira saía da delegacia rumo ao sistema prisional, foi abordado pela nossa equipe da Rádio Itatiaia e disse apenas algumas poucas palavras: "Eu não sei o que eu fiz". Ao ser questionado sobre possível arrependimento, ele respondeu "com certeza".
A perícia da Polícia Civil constatou uma lesão na orelha e sangramento entre as pernas da jovem. A suspeita é que ela tenha sofrido abuso sexual e teria sido morta por estrangulamento com o fio de um carregador de telefone. O corpo dela foi encontrado apenas com uma blusa, sem as partes de baixo da roupa.