Por Itasat
Um homem, de 41 anos, natural de Alagoas, foi indiciado suspeito pelos crimes de violência psicológica e lesão corporal contra a companheira, que é britânica e tem 52 anos, em uma fazenda de Cordisburgo, na Região Central de Minas.
De acordo com a Polícia Civil (PCMG), as investigações começaram na última sexta-feira (16), quando a vítima entrou em contato com a delegacia da instituição em Cordisburgo, por meio de uma ferramenta de um site de buscas que direciona as mensagens para o e-mail do local pesquisado. A britânica relatou, em inglês, que estava morando na fazenda e alegou ser vítima de violência doméstica. Contudo, ela não soube informar exatamente o endereço em que vivia.
Ainda segundo a PCMG, policiais civis e militares encontraram o casal no povoado de São Tomé, na zona rural de Cordisburgo. Eles foram encaminhados à Delegacia de Plantão em Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Depois da formalização dos procedimentos da polícia, a mulher pegou um avião e retornou ao Reino Unido.
O inquérito foi repassado à Justiça.
Sobre o relacionamento
Conforme a Polícia Civil, o casal se conheceu pela internet. Eles se juntaram, moraram em São Paulo e, posteriormente, viveram dois anos no Reino Unido. Em fevereiro de 2022, o homem e a mulher voltaram ao Brasil e decidiram residir em Cordisburgo.
À polícia, a britânica disse que já havia sofrido violência doméstica por parte do companheiro, com agressões físicas e psicológicas, mas que não chegou a formalizar nenhuma denúncia. Insatisfeita, ela queria retornar ao Reino Unido, pedido negado várias vezes pelo rapaz.
Com a ajuda de amigos britânicos, a vítima comprou uma passagem aérea. Porém, por não saber falar português e sem ter moedas do país, a mulher não recebia ajuda do companheiro para chegar até o aeroporto.
Segundo as investigações, o suspeito quebrou o telefone da vítima durante uma das agressões. Sem ter acesso ao serviço de telefonia, a mulher conseguiu um celular que se conectava a uma rede de wi-fi, podendo enviar as mensagens à Polícia Civil.