RR MÍDIA 3
Coperlidere
fim do reajuste?

STF já tem cinco votos contra reajuste de servidores de Minas acima da inflação

Cinco ministros já se manifestaram pela manutenção do reajuste do funcionalismo em 10,06%, como quer o Governo de Minas

27/05/2022 10h28
Por: Redação

Com Itasat

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin e Gilmar Mendes se manifestaram, nesta quinta-feira (26) contra a lei promulgada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que concede reajuste acima da inflação para servidores públicos de Minas Gerais. Com isso, o placar da votação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo está em 5 a 0 a favor do Governo de Minas.

Além de Fachin e Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Rosa Weber acompanharam o voto do ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação que pede a suspensão da lei.

O julgamento da ação no STF ocorre no Plenário virtual e teve início na última sexta-feira (20). Nesse modelo, os ministros têm uma semana para apresentarem seus votos, ou seja, até às 23h59 desta sexta-feira (27). Ainda faltam os votos de seis ministros. Caso um deles acompanhe os demais, o STF já formará maioria para derrubar a lei.

Relembre o caso

O Governo de Minas acionou o STF depois que a Assembleia aprovou e promulgou uma lei que concedia percentuais de reajuste mais altos a determinadas categorias que o que foi oferecido pela gestão de Romeu Zema (Novo).

O Executivo estadual enviou ao Legislativo um projeto de lei que concedia reajuste de 10,06% a todo o funcionalismo público estadual. Na Assembleia, no entanto, o texto foi alterado para permitir reajuste de 24% para servidores da segurança pública e da saúde e 33,24% para os trabalhadores da educação.

As alterações foram vetadas por Zema, mas a Assembleia derrubou o veto do governador e promulgou a lei tal qual foi aprovada na Casa.

Com o resultado negativo, sobrou ao governador recorrer ao STF para que a lei fosse determinada inconstitucional.

De toda forma, o efeito da lei está suspenso por uma liminar concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso em 21 de abril.