Com Itasat
Mil duzentos e vinte e nove dias se passaram desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na região Central de Minas. Em 25 de janeiro de 2019, 270 pessoas morreram naquela que foi considerada uma das maiores tragédias ambientais da história do Brasil, mas algumas famílias sequer puderam enterrar parentes que continuam desaparecidos.
Nesta terça-feira (7), foi identificada a 266ª vítima da tragédia. Olímpio Gomes Pinto, de 57 anos, trabalhava como auxiliar de sondagem em uma empresa terceirizada pela Vale. Ele morava em Caeté, na Região Metropolitana de BH, e deixou a mulher e filhos.
Equipes do Corpo de Bombeiros ainda procuram quatro vítimas da tragédia que constam como desaparecidas: Cristiane Antunes Campos, Maria de Lurdes da Costa Bueno, Nathalia de Oliveira Porto Araújo e Tiago Tadeu Mendes da Silva.
Histórico
Após 421 dias de buscas, o trabalho foi suspenso pelo Corpo de Bombeiros em 21 de março de 2020, em decorrência da pandemia da Covid-19. No dia 27 de agosto, 159 dias depois, a ação foi retomada, mas suspensa outra vez em 11 de janeiro deste ano, por conta das fortes chuvas que castigaram Minas Gerais. A última retomada aconteceu no dia 17 de fevereiro, pouco mais de um mês depois.
Quem são as vítimas que continuam desaparecidas em Brumadinho?
Cristiane Antunes Campos
Cristiane tinha 34 anos e era mãe de dois filhos. Ela entrou na Vale como motorista de caminhão, fez curso técnico em mineração e passou a ser supervisora de mina.
Maria de Lurdes da Costa Bueno
Maria de Lourdes morava em São José do Rio Preto, em São Paulo, tinha 59 anos e era corretora. Ela passava as férias com a família na Pousada Nova Estância, em Brumadinho, a pedido do enteado para visitar o famoso museu Inhotim.
A pousada acabou soterrada no rompimento, matando os dois enteados, a nora e o marido dela.
Nathália de Oliveira Porto Araújo
Nathália tinha 25 anos e era estagiária na Vale. Ela deixou dois filhos e o marido, com quem teria conversado pela última vez momentos antes da tragédia.
Tiago Tadeu Mendes da Silva
Tiago era formado em engenharia mecânica, trabalhava na mina de Sarzedo e foi transferido para Brumadinho cerca de 20 dias antes do rompimento. Ele tinha 34 anos, era o mais velho de três irmãos, e deixou dois filhos.