Com Itasat
A mulher acusada de encomendar a morte de Etelvina Pereira Coimbra, de 34 anos, para ficar com o marido da vítima é julgada nesta terça-feira (14), pelo III Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte. O crime foi cometido no dia 14 de outubro no bairro Paulo VI, região Nordeste da capital.
Seis mulheres e um homem compõem o Conselho de Sentença que vai decidir o futuro da acusada, de 30 anos.
A investigação da Polícia Civil apontou que a mulher, identificada como Cris, era amante do marido de Etelvina e encomendou a morte da vítima, após o homem reatar o relacionamento com a esposa.
Conforme o Ministério Público, o homem e a vítima viveram juntos por 8 anos e tiveram uma filha. Em 2019, ele conheceu Cris e os dois iniciaram o relacionamento extraconjugal. Após um tempo, ele saiu de casa e foi morar com Cris, situação que durou seis meses. Depois desse período, o homem voltou a viver com sua companheira. No entanto, manteve o relacionamento com a amante até setembro de 2020. Foi quando Cris passou a planejar a morte de Etelvina.
Conforme a Polícia Civil, a suspeita procurou alguém que topasse matar a rival e encontrou no trabalho um homem que aceitou assassinar Etelvina. Identificado apenas como Gu, de 33 anos, com histórico de violência doméstica contra mulheres, o auxiliar de serviços gerais teria sido seduzido por Cris. A mulher disse que teria relação sexual com ele após o assassinato e pagaria R$ 1.500 se ele topasse cometer o crime. Os dois eram funcionários de um hospital de Ribeirão das Neves, na Grande BH.
No dia do crime, Gu pegou uma faca de açougueiro, esperou Etelvina chegar no salão de beleza em que ela trabalhava e esfaqueou 43 vezes.
Interrogatório
Nesta terça-feira (14), diante da juíza Fabiana Cardoso, a ré admitiu que mantinha relacionamento extraconjugal com o então marido da vítima.
Já sobre o suspeito de executar o crime, Cris disse que mantinha relacionamento somente de amizade com ele. No entanto, relevou que os dois trocavam fotos de nudes em conversas no WhatsApp. Ela confirmou ter passado dados e fotos da vítima para o colega, mas afirmou que não acreditava que ele seria capaz de matar a vítima.
O suspeito de executar o crime tem júri popular marcado para 8 de novembro.