Com Itasat
Com meta inicial de produção de 334 milhões de dispositivos em 2022, a Samsung tem sofrido com a desaceleração do mercado no primeiro semestre deste ano. Os lockdowns em fábricas na China e a guerra na Ucrânia fizeram a empresa reajustar o número para 270 milhões de unidades a serem produzidas neste ano.
Mesmo assim, segundo o The Elec, a marca pode ter até 50 milhões de unidades em estoques de distribuidoras globais para serem vendidas. Isso representa 18% da meta já reajustada. Os intermediários da série Galaxy A ocupam grande parte desse estoque — justamente os modelos com que a marca contava para atingir a meta de vendas.
Nos últimos meses, a companhia cortou pela metade a quantidade de dispositivos fabricados: enquanto a produção entre janeiro e fevereiro foi de cerca de 20 milhões de unidades por mês, em maio o número caiu para 10 milhões. A fabricante também diminuiu o número de pedidos de componentes: de acordo com o The Elec, houve queda de 30% e 70% das encomendas de peças entre abril e maio deste ano, a depender do componente.
Além disso, desde o começo do ano houve aumento nos preços das matérias-primas dos componentes eletrônicos. Isso pode ter influenciado a companhia a reduzir a demanda de dispositivos e repensar a estratégia de vendas para o segundo semestre de 2022.
Crise econômica global
A baixa demanda por dispositivos intermediários parece ser reflexo da situação econômica global. Para o cidadão comum, um smartphone novo pode não ser uma prioridade de compra: muitas vezes, o consumidor opta por manter o dispositivo por mais tempo ou busca modelos com preços menores.
Isso pode ser a justificativa para que a linha Galaxy A, embora seja sucesso de vendas, representa a maior parte das unidades em estoque. A Samsung pode até limitar o lançamento de novos intermediários no futuro, já que aparelhos topo de linha, como a série Galaxy S22 e os dobráveis Galaxy Z, não estão parados nos estoques da marca.