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Raposos ainda sofre com os efeitos das enchentes de janeiro: 'tiro barro de casa até hoje'

O cenário ainda é de muita lama, destruição e tristeza em Raposos - cidade que ainda sofre os efeitos das enchentes do início do ano

08/07/2022 08h44
Por: Redação

Com Itasat

Em Raposos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, muitas casas estão às margens do Rio das Velhas. Quando chove, os moradores ficam tensos. Seis meses após as chuvas que deixaram parte da cidade debaixo d’água, ainda tem gente tirando lama de dentro de casa. A demora é porque o trabalho é grande.

Júnior, conhecido como ‘Mecânico’, tem uma oficina e teve problema no período chuvoso: “O prejuízo foi grande. Hoje mesmo já mexi aqui, tiramos um ‘bocado’ de barro. A gente tem medo do próximo período chuvoso”, contou.

No bairro Matadouro, moradores mostram à Itatiaia as marcas de até onde a água subiu em suas residências. Numa delas, chegou ao segundo andar. O dono recebeu a reportagem da Itatiaia, abatido, e mostrou os ambientes do primeiro andar vazios, sem um móvel sequer.

Em dois cômodos, onde deveria estar a mobília, o que se vê é lama. “Aquele período chuvoso foi o pior. Acabou com a minha casa duas vezes. Só Deus sabe o que eu passei. Não consigo me reerguer, porque tenho uma hérnia que não deixa eu trabalhar”, disse Fernando Liberato.

Um temor que é até do próprio prefeito de Raposos, Serginho da Bota. Ele fala sobre os problemas que vieram no período chuvoso do início deste ano e que permanecem na cidade.

“A entrada, onde fizemos a nova ponte, foi muito danificada. Mas já fizemos a drenagem e vamos fazer o asfalto até semana que vem", disse.

Ainda há desabrigados. "Nós temos o aluguel social para as pessoas que não conseguiram voltar para casa, já que a Defesa Civil interditou. Tem muita gente em casa de parente”, disse.

Ele explica que não foi possível realizar obra para que no próximo período chuvoso. “É uma obra (no Rio das Velhas) que tem que começar de cima para baixo. Primeiro, que a gente não tem condição de fazer uma obra aqui. Isso porque nós estamos na calha, embaixo. Então, junto ao governo, estamos tentando uma obra de cima para conter a água”, afirmou.