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Clube-empresa

América avança em negociações com empresário dos Estados Unidos para assumir a SAF

Coelho aguarda a proposta para fechar o acordo, que seria acertado nos moldes que a diretoria alviverde pretende

09/07/2022 10h21
Por: Redação

Com Itasat

O América está perto de acertar o nome do parceiro que assumirá o controle da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. Após muitas negociações, o Coelho avançou nas conversas com o empresário norte-americano Robert Platek, dono do Spezia, da Itália, e de outras equipes pelo mundo. A informação foi antecipada pela Itatiaia.

Platek foi captado pela empresa de consultoria Ernst & Young, que vem auxiliando o América no processo da SAF. Agora, o Coelho aguarda a proposta do empresário para fechar o acordo, que seria acertado nos moldes que a diretoria alviverde pretende: o valor do investimento no futebol e a segurança para retomar o controle do clube, caso necessário.

Em 2021, Platek comprou o Spezia por cerca de 25 milhões de euros (cerca de R$ 160 milhões na época), de acordo com informações divulgadas na imprensa italiana. O valor foi desembolsado pelo próprio empresário e não pela MSD Capital, de propriedade da família do norte-americano.

Além do Spezia, que disputa a Série A Italiana, o empresário norte-americano também é proprietário do Casa Pia, de Portugal, e do SønderjyskE, da Dinamarca. Em 2019, Platek tentou adquirir o Sunderland, da Inglaterra, mas não teve sucesso.

Para a temporada 2022/2023, o Casa Pia voltou à Primeira Divisão de Portugal. A última vez que a equipe havia disputado a elite portuguesa foi em 1938/1939.

Por outro lado, o SønderjyskE, da Dinamarca, foi rebaixado nesta temporada, e disputará a Segunda Divisão em 2022/2023.

O que o América deseja para a SAF

No fim do mês passado, o coordenador do futebol clube-empresa do América, Marcus Salum, afirmou que o Coelho tem sido procurado por investidores e que o torcedor poderia "se surpreender" com uma proposta a qualquer momento.

Salum também explicou os motivos para o América ainda não ter encontrado um investidor, após o clube desistir da exclusividade com a empresa Kapital Football Partners LLC, dos Estados Unidos, que pertence ao bilionário Joseph DaGrosa. O empresário desejava ter 90% das ações da SAF do Coelho.

Mas, de acordo com Salum, a porcentagem da SAF não é empecilho para acertar com o investidor. “Porcentagem não é o grande problema não, porque todos sabem o que o América faria numa negociação. Valor é um problema, e não é valor do investimento inicial, é o valor do investimento no futebol, a partir do momento em que eu assinar. Eu quero garantia que o futebol vai ter um patamar bem superior do que ele tem hoje. Caso contrário, não tem sentido fazer a SAF. E a segurança de que a gente possa, em caso de ter algum problema, retomar o controle do clube”, disse Salum.

“Só assinaram [contratos de SAF com investidores] os clubes que estavam em dificuldade. Clubes que estão num momento igual ao do América estão estudando as melhores ofertas, porque a responsabilidade é muito grande. Então, em nome de fazer o investimento no futebol, eu não posso pôr em risco o clube. Não pode ser feito qualquer negociação, porque se não nós vamos ter dificuldade em resolver os problemas, caso eles ocorram. Não é só receber um talão de cheque, depositar na conta e sair contratando. Isso é um casamento e um casamento longo, então temos que ter cuidado”, finalizou.