Com Itasat
A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) investiga o caso em que uma fonoaudióloga é suspeita de torturar crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na cidade de Duartina, no interior de São Paulo. Os crimes teriam sido cometidos na clínica particular da mulher, que também teria ofendido os pacientes por meio de mensagens no WhatsApp, conforme divulgado pelo g1.
De acordo com a PC, os prints com os xingamentos representam denúncias de mães de pacientes atendidos pela fonoaudióloga, identificada como Bianca Rodrigues Lopes Gonçalves. As conversas foram registradas em agosto do ano passado.
Nos relatos, a profissional teria dito que iria fingir atendimento e inventaria que participaria de uma reunião para que as crianças autistas não fossem recebidas no local.
Ao g1, uma ex-funcionária da clínica particular de Bianca relatou que a fonoaudióloga a instruía para forjar os atendimentos não realizados nas agendas dos seus pacientes, além de, conforme a denúncia, mantê-los trancados em uma sala chamada de “sala de luz”. Uma das crianças teria sido estapeada neste ambiente.
Segundo a polícia, por meio do delegado Paulo Calil, as filmagens feitas no aparelho celular foram encaminhadas para perícia e que o crime de tortura é investigado.
Defesa da fonoaudióloga
Em nota, a defesa de Bianca Gonçalves informou que está colaborando com as investigações e, que, por medo de represálias, a família precisou sair de casa.
"A defesa aguarda o laudo dos vídeos e colabora com as investigações. Sobre os prints, a defesa não irá se manifestar para preservar as partes envolvidas e por entender que o processo irá tramitar em segredo de Justiça.", disse por telefone em entrevista ao g1.