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OPERAÇÃO da pm

Moradores relatam clima de medo e contradições sobre morte de jovem no Nova Gameleira

Pedro Henrique Costa, de 15 anos, foi morto durante operação policial na região Oeste da capital mineira

21/08/2022 09h17
Por: Redação

Com Itasat

Continua um mistério a morte do adolescente Pedro Henrique Costa, de 15 anos, durante uma operação policial no bairro Nova Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, na noite de sexta-feira (19)

Segundo relatos de moradores, foram efetuados diversos disparos na cabeça de Pedro, que estava com amigos na escadaria da Rua Cândido de Souza, próximo à Vila Embaúbas. Eles afirmaram que ele não estava armado na hora da operação.

Os moradores da região da Vila Embaúbas, bairro Nova Gameleira, afirmam que o jovem Pedro Henrique Costa, de 15 anos, não tinha envolvimento com o tráfico e que ele foi executado pela polícia.

Já a PM afirma que o jovem teria sacado uma arma e apontado para os policiais durante de uma operação que surgiu a partir de uma denúncia de que cinco jovens estariam traficando drogas no local.

O que se sabe até o momento é que Pedro estava com um grupo de amigos em uma escadaria próxima à Rua Tupã durante a operação policial, realizada na noite de ontem.

Boletim de ocorrência

No boletim de ocorrência, consta que foram 9 tiros dados por dois policiais, depois de o jovem ter se recusado a abaixar a arma.

Moradores disseram que apenas os policiais atiraram e que a maioria dos disparos atingiu a cabeça da vítima. As informações do local são de que a arma pode ter sido confundida com um celular.

Outra divergência de versões é referente à retirada de Pedro do local. Segundo a PM, ele foi socorrido com vida mas morreu no hospital. Já moradores afirmaram que ele morreu ainda na rua e que foram impedidos de se aproximarem do corpo. Disseram ainda que a polícia alterou o local, recolhendo cápsulas.

Nota da PM

Em nota, a Polícia Militar afirma que militares do 5º Batalhão estiveram no local para averiguar denúncia de que 5 indivíduos praticavam tráfico de drogas ali, dois deles armados. Ainda segundo a nota, os militares foram surpreendidos pelo indivíduo armado, que foi atingido depois de apontar um revólver para a PM.

A polícia diz que socorreu o jovem, mas que ele morreu no hospital João XXIII, versão que é contestada pelos moradores. De acordo com a corporação, foi encontrada uma arma de fogo usada pelo suspeito com 6 munições, e no hospital, no bolso da bermuda que vestia o socorrido, outras cinco munições foram encontradas intactas.

De acordo com a porta-voz da PM, capitão Layla Brunela, as apurações iniciais apontam para uma ação de legítima defesa dos militares.

"Na noite de sexta-feira, a PM foi acionada via 190 por um denunciante que afirmava que várias pessoas estavam em um beco no bairro Nova Gameleira e que dois deles estavam armados. Ela repassa uma série de características deles, inclusive, que um deles estava com uma arma de tambor, que seria um revólver, depois verificado na nossa operação, de calibre 38. Nossas guarnições foram para o local e planejaram uma ação. Era um local de difícil acesso, com escadaria, a guarnição permanece abrigada atrás de um veículo para tentar fazer uma incursão. Neste momento um dos autores se desloca em direção a guarnição policial, ele recebe ordem de parada para ser abordado. Saca sua arma de fogo, um revólver calibre 38. Mesmo com a ordem para que dispensasse a arma, ele aponta a arma para a guarnição. No momento que foi alvejado pelos nossos policiais militares. Ele foi socorrido de pronto, mas morreu no hospital", diz a porta-voz da PM.

"Esses dois policiais foram conduzidos para a sede do batalhão, onde todas as medidas de polícia judiciária e autos de prisão em flagrante foram realizados pelo comando da unidade. Não ratificador em razão de todas essas denúncias a possibilidade de legítima defesa por parte dos policiais que revidam essa possível agressão. Já no hospital, um dos enfermeiros localiza mais munições no bolso desse infrator. A PM adota essas medidas e continua as investigações por meio de um inquérito policial militar. Mas deixando claro que as ações iniciais, dão conta de uma ação policial legítima", concluiu a capitã Layla.

Áudio

Na noite deste sábado (20), a PM divulgou áudio da denúncia via 190 feita por um morador do local, solicitando a presença da polícia. "Queria fazer uma denúncia, de várias pessoas com drogas, entre elas duas pessoas armadas. Um está no beco, de jaqueta camuflada do exército e o que está com revólver está de bermuda preta, camisa branca e boné preto", afirmou a denunciante.

"Esse de camisa branca eu vi a arma na mão dele, ele colocou na cintura. O de jaqueta camuflada, não sei se a arma está com ele ou se está escondida. O trem tá feio. Tá foda", diz o denunciante na ligação para o 190.