Com Itasat
Depois de construir uma armadilha para proteger sua oficina, um mecânico acabou atingido pelo mecanismo e morreu no sábado (20), em Araxá (MG). Ele decidiu criar o sistema depois que ferramentas de sua oficina foram furtadas.
Segundo a Polícia Civil, os familiares explicaram que ele era idoso e tinha catarata — o que pode ter prejudicado a visualização do fio que acionava a arma. Outra hipótese é que ele tenha se esquecido da armadilha quando abriu o estabelecimento pela manhã. O idoso foi atingido por uma bala disparada por arma artesanal na região direita do peito e faleceu no local. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
O sistema era acionado por um fio de cobre que cruzava o terreno e cujo objetivo era fazer um possível ladrão tropeçar. "Era acionada, então, uma mola ligada a duas saídas de energia. Uma estava ligada à parte posterior de uma arma artesanal, posicionada para quem invadisse o local indevidamente, e a outra estava ligada na tomada”, explica o perito Thiago Oliveira.
Oliveira diz que o desenvolvimento do dispositivo demonstra conhecimento na área elétrica. “Quando o circuito era fechado, gerava-se uma centelha e a arma, que estava carregada com pólvora, esfera e bucha, propelia o projétil", detalha. Ele conta que esse é o primeiro equipamento do gênero com o qual ele se depara em seis anos de atuação na Polícia Científica.