Com Itasat
Desde a última quarta-feira (24), as mineradoras Vale, Samarco e BHP subiram o valor de indenização mais de uma vez e conseguiram chegar perto do valor mínimo exigido pelas partes, os problemas são o prazo e a distribuição do pagamento durante o período que ainda não atendem. Na quarta-feira, segundo as autoridades ouvidas pela coluna, o valor ofertado girava em torno de 60 % a 70% do mínimo pedido e o prazo de pagamento superaria 20 anos. A negociação foi dada como finalizada pelos governos de Minas Gerais e Espírito Santo a menos que as mineradoras adequassem e apresentassem nova proposta até está quinta-feira (1).
Segundo fontes ouvidas pela coluna nesta quarta (31), a proposta atual das empresas apoia-se em um desembolso inapropriado para o conjunto dos atingidos (pessoas e atingidos) e as controladoras (Vale e BHP) usam como escudo a “situação econômica da Samarco, atualmente em recuperação judicial”
“Os aportes propostos pelas mineradoras inviabilizam a implantação contemporânea dos programas de transferência de renda aos atingidos para que possam retomar o protagonismo com dignidade de suas próprias vidas”, afirma uma das fontes.
A proposta do poder público é um desembolso decrescente, que começa com um valor maior e vai diminuindo, com o objetivo de “afastar o círculo vicioso da execução pela Fundação Renova que revelou, transcorridos quase 7 anos, ser inoperante e não efetivo, exatamente pela postura de resistência das controladoras sobre as determinações impostas no TTAC”.