Com Itasat
A mãe solo Tatiana Rocha Santos, moradora de Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vive um verdadeiro drama familiar. Ela tem cinco filhos, quatro deles com deficiência, e que precisam de tratamentos, fisioterapias e medicação constante. Para sobreviver e dar conta de cuidar dos filhos, ela recebe apoio voluntário de um advogado e tenta, na Justiça, garantir que o poder público forneça os medicamentos que as crianças precisam para sobreviver.
À Itatiaia, Tatiana Rocha Santos, contou as dificuldades que enfrenta para criar os filhos.
"Sou divorciada e tenho quatro filhos especiais. O Luiz tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDH) e está em tratamento. A Vitória, que é a segunda gemelar das trigêmeas, tem paralisia grau quatro, um olho ela perdeu, ela é autista de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), usa sonda e tem displasia pulmonar. Ana tem paralisia com atraso fixo-motor e usa cadeira de rodas. A Rute é deficiente visual e está sem ir para a escola porque aqui em Ribeirão das Neves não tem professor de braile."
Além das dificuldades que são imensas no dia a dia, Tatiana enfrenta dificuldades na compra de remédios. A medicação de apenas uma das filhas, por exemplo, tem custo mensal de cerca de R$ 4,2 mil. Ela recebe R$ 3 mil em benefícios do INSS usados para complementar a medicação, comprar fraldas, suplementos e ainda sustentar a casa.
"Olha, as medicações da Vitória, as que faltam eu compro com doações que eu peço para o pessoal. Por exemplo, agora mesmo, a Vitória está com falta de uma medicação. E não é só ela que toma medicação. Eu também tomo. Porque com tudo isso que eu estou vivendo eu acabei dando estafa."
O apoio jurídico é concedido pelo advogado Raphael Cruz, que já venceu processos contra a Prefeitura de Ribeirão das Neves e contra o Governo Estadual.
"O estado de Minas interpôs um recurso de apelação só que a sentença não foi suspensa. Ela permanece com os efeitos ativos. Então, em que pese o recurso enviado pelo Estado de Minas Gerais, a sentença tem que ser cumprida na sua integralidade. Razão pela qual procedi com o regular andamento do processo, informando o juízo de que não estavam sendo cumpridas as determinações da sentença e esse processo encontra-se parado desde o dia 2 de julho deste ano. Nós estamos em setembro."
Além de doações de roupas, sapatos e comidas, a família precisa de apoio psiquiátrico e ajuda jurídica em outros processos. Para tentar arrecadar donativos, a mãe criou um perfil no Instagram. O endereço é o @princesasdeneves.
Quem puder ajudar também pode procurar a equipe da Itatiaia.
Entramos em contato com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), mas até o fechamento dessa matéria não obtivemos resposta.