Com Itasat
Os discursos em tom de campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante atos de comemoração ao Bicentenário da Independência em Brasília e no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (7), irão parar na Justiça Eleitoral.
Ao menos três partidos indicaram que irão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a alegação de que Bolsonaro fez uso da máquina pública para se autopromover durante os atos.
O PSOL e o PT disseram que houve uso de dinheiro público e a montagem de uma grande estrutura que foi utilizada por Bolsonaro para fazer campanha eleitoral. De acordo com advogados da coligação Brasil da Esperança, encabeçada pelo candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro praticou abuso de poder econômico e político "acachapante".
"Bolsonaro fez uso indiscutível de um evento oficial para discursar como candidato. Há abuso de poder econômico e político acachapante, com o uso de recursos públicos, de uma grande estrutura pública, para fazer campanha. Os discursos desse comício escancarado foram transmitidos ao vivo para toda a nação inclusive por meio da TV Brasil, uma TV estatal", diz a ala jurídica da campanha de Lula.
Já a deputada do PSOL de São Paulo, Sâmia Bomfim, líder da bancada do partido na Câmara, Bolsonaro convocou os manifestantes às urnas, usou slogan de campanha e as Forças Armadas "para construir um comício".
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é um dos coordenadores da campanha de Lula à Presidência, disse que também irá acionar o TSE para investigar se Bolsonaro fez uso da máquina pública durante os eventos.
Quem também manifestou a intenção de ir ao TSE contra os atos praticados pelo presidente Jair Bolsonaro hoje é o PDT, partido que tem Ciro Gomes como candidato à Presidência da República.
A legenda quer saber se foram usados recursos de campanha para patrocinar as manifestações, incluindo financiamento das caravanas de apoiadores que compareceram ao ato do Bicentenário da Independência, em Brasília.