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Direitos Humanos

Visibilidade trans: ato reúne manifestantes no centro do Rio

Protesto ocorreu na praça da Cinelândia

27/01/2023 21h00
Por: Redação
Fonte: Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Um ato convocado pelo Fórum Estadual de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro reivindicou hoje (27) a visibilidade da população trans. O protesto ocorreu na praça da Cinelândia, em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na semana do Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro.

Ativistas trans e defensores dos direitos humanos ocuparam as escadarias do parlamento municipal com faixas e cartazes e protestaram contra a discriminação, a violência e a exclusão da população trans de espaços como o mercado de trabalho e a educação. 

Integrante do fórum e uma das organizadoras do evento, Angel Queen citou uma série de pontos em que é necessário o respeito à população trans, como o direito ao nome social no ambiente escolar e universitário. 

"Estamos aqui para mostrar que a gente não quer só sobreviver, a gente quer trabalho, vestir, existir, a gente quer sair, ser feliz, buscar nossos direitos sem que a gente possa ser morta na esquina só por a gente ser quem a gente é". 

Ato pela Visibilidade Trans e Travesti reúne pessoas em luta contra a transfobia e discriminação em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia. -Fernando Frazão/Agência Brasil
Ato pela Visibilidade Trans e Travesti reúne pessoas em luta contra a transfobia e discriminação em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia. -Fernando Frazão/Agência Brasil

Articuladora do fórum, Wescla Vasconcelos destacou que o cenário de violência contra pessoas travestis e transexuais continua preocupante no Brasil, que, segundo levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), é o país que mais mata essa população .

"Essas mortes não são fatalidades, problemas de saúde ou um acidente de carro. São perseguições ocasionadas por requintes de crueldade que levam ao assassinato. São muitas violências e violações que nosso povo travesti e transexual sofre". 

A ativista destaca que muitas vezes as violações aos direitos humanos acontecem dentro de casa, com violência e constrangimentos cometidos pelos próprios familiares. 

"Nem dentro de casa e nem na rua estamos seguras", disse. "Temos também muitas demandas no campo da saúde. A saúde está muito atrasada. Temos um cenário grande de falta de acesso à saúde pública por discriminação de profissionais de saúde contra os nossos corpos".

A data escolhida para celebrar o dia da visibilidade trans, 29 de janeiro, faz referência à mobilização ocorrida em 2004 na Câmara dos Deputados para a campanha “Travesti e Respeito”, que levou a um inédito ato de pessoas trans no Congresso Nacional.

*Colaborou Carolina Pessôa, do Radiojornalismo da EBC