Os professores da rede estadual de ensino estão em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, um dia após o início das aulas. Entre as principais reivindicações dos profissionais estão pagamento do piso salarial nacional e recebimento do 13º integral. O movimento é liderado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
“A educação tem sua pauta e está na batalha pelo piso há 12 anos. Não aceitaremos sermos excluídos da política de reajuste salarial do governo Zema”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE, Denise Romano. Conforme ela, 13.800 escolas que atendem a cerca de dois milhões de alunos estão com as portas fechadas.
Uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta-feira (14), para definir os rumos da greve.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SES-MG) informa que vai acompanhar a adesão de professores à paralisação. A pasta também informa que permanece com diálogo aberto.
Em entrevista na última quarta-feira (5), a secretária Julia Santana disse que respeita a manifestação e que o 13° será pago em março, quando também é esperado o fim do parcelamento dos salários, operações viabilizadas com a conclusão da antecipação de recebíveis do nióbio.
“A gente tem lutado muito para conseguir o aumento merecido dos professores, mas a gente recebeu o estado de um governo que tinha aprovado o piso nacional, mas não conseguiu cumprir. A gente não vai descansar enquanto não dermos aumento, mas para isso a gente precisa se equilibrar financeiramente”, disse.