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Caso Backer

Justiça acata pedido do Ministério Público e bloqueia até R$ 100 milhões de bens da Backer

Suspeita de intoxicação

15/02/2020 08h29Atualizado há 5 anos
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A Cervejaria Backer teve parte dos bens bloqueados após determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que acatou o pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O valor pode chegar até R$ 100 milhões e servirá, segundo o órgão, para reparar os danos causados às pessoas que foram intoxicadas pela substância dietilenoglicol.

Uma nova audiência entre a Backer e o MPMG foi agendada para a próxima segunda-feira (17).

No pedido, feito na última terça-feira (11), o MPMG também solicitou que a empresa seja obrigada a custear tratamento médico e demais gastos das vítimas e familiares, suporte psicológico e pagamento de salário para aqueles que estão impossibilitados de trabalhar. Mas, como o processo tramita em segredo de justiça, não há como saber se esta solicitação foi atendida pelo TJMG.

A Backer informou que a fundamentação da ação coletiva impetrada pelo Ministério Público foi o descumprimento de um acordo preliminar que, diferentemente do alegado, foi integralmente cumprido pela Backer. “A empresa está tomando as medidas cabíveis visando prevalecer a verdade dos fatos”, acrescentou a cervejaria.

Extensão das investigações

A Polícia Civil vai estender a investigação sobre a contaminação das cervejas da Backer e passará a averiguar pacientes com o mesmo quadro de intoxicação por dietilenoglicol desde 2018. O anúncio foi feito nesta sexta-feira durante entrevista coletiva.

Até o momento são 34 vítimas com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol.

Vistoria do Mapa foi adiada

A vistoria que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) faria nesta sexta-feira na sede da Backer, no bairro Olhos D'água, região Oeste de Belo Horizonte, foi adiada. 

Segundo a pasta, agentes do Mapa estiveram no local para colher informações que auxiliarão na apuração do processo administrativo. De acordo com a Backer, os fiscais cumpriram “determinação judicial para o envase dos tanques já liberados”. No entanto, por uma questão técnica, não foi possível realizar o trabalho. Desta forma, a vistoria ficará para a próxima semana.