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RR MÍDIA 3
APÓS TRF-6

PGR quer sede em Minas; gasto com pessoal é estimado em R$ 21 milhões

Previsão é que R$ 10,8 milhões serão destinados para custear a folha de 18 procuradores regionais, por ano

19/02/2020 13h01Atualizado há 5 anos
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Começou a tramitar na Câmara dos Deputados um texto para instalar no Estado a Procuradoria Regional da República da 6ª Região (PRR6). Para atender a essa nova estrutura, a proposição prevê a criação de 111 cargos que, segundo o órgão, vai gerar impacto de R$ 21 milhões ao orçamento anual do Ministério Público da União (MPU).

Dessa quantia, R$ 10,8 milhões serão destinados para bancar o gasto de pessoal com apenas 18 procuradores regionais. O valor é maior que os R$ 10,1 milhões previstos para custear a folha de outros 93 servidores – 57 cargos efetivos (39 técnicos e 18 analistas), 18 comissionados e 18 funções de confiança.

O procurador Geral da República, Augusto Aras, ressalta no texto que, em virtude das limitações impostas pela emenda do teto de gastos públicos, a opção é por essa “estrutura mínima” para o desenvolvimento do trabalho na sede do órgão em Belo Horizonte, com atribuição para atuar em todo o Estado.

Na proposta, Aras ressalta que a existência do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) em Minas Gerais vai demandar uma unidade correlata do Ministério Público Federal (MPF).

A criação dessa nova Corte, no entanto, ainda não foi apreciada pelo plenário da Câmara. Isso mesmo com acordo entre o presidente do Legislativo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, e a bancada mineira.

“Trata-se de estrutura que, ao menos no primeiro momento, garantirá a atuação ministerial para prestação de suas atividades à população, com foco em eficiência e celeridade. A revisão geográfica 30 anos após a criação dos cinco Tribunais Regionais e consequentemente das Procuradorias Regionais, é necessária para assegurar a prestação jurisdicional na medida adequada”, argumentou Aras.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados. A matéria vai ser analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.