O chefe da seção de Marketing e Multimídia da Polícia Militar (PM), capitão Cristiano Araújo, fez um balanço sobre a atuação da corporação nos dias de Carnaval em entrevista ao Jornal da Itatiaia Primeira Edição. De acordo com ele, possíveis casos de abuso serão alvos de investigação interna por parte da corregedoria.
“Há apuração de qualquer situação que o cidadão entenda que houve algum abuso ou desvio de conduta. É natural da nossa parte tratar essa questão de repudio ao abuso de autoridade”, disse. Confira a entrevista completa acima.
A fala ocorre um dia depois de o governador de Minas, Romeu Zema, dizer, sem citar caso específico, que atos de violência da PM serão apurados.
Alguns casos de possíveis excessos de policiais militares foram registrados neste Carnaval. Em um deles, um engenheiro civil diz que foi espancado após por tentar impedir que policiais agredissem um homem em situação de rua, na Praça Sete, no Centro de BH, madrugada de domingo (23). A PM alega que ele desacatou e agrediu os policiais. O engenheiro deve levar o caso à corregedoria.
Outra denúncia foi feita pela Liga Blocada, que representa blocos de rua do Carnaval de BH. Em nota divulgada também no domingo, a Liga denunciou ação da PM às vésperas dos desfiles. Segundo o grupo, na última quinta-feira (20), policiais estiveram na casa do cantor do Havayanas Usadas e do Raga Mofe, Heleno Augusto, para determinar que fossem divulgadas mensagens da corporação sobre segurança.
O cantor também teria sido advertido sobre gestos, palavras ou atos que pudessem incitar a violência e sido obrigado a deixar o local ao fim dos desfiles. A Liga Blocada diz que considera a ação uma ameaça ao estado democrático de direito.
Em nota, a PM informou que foram feitas visitas comunitárias, com representantes de blocos, de cunho preventivo. A corporação também disse que os contatos com os blocos não tiveram intenção de intimidar e reprimir, e ocorreram em tom amistoso, sem qualquer intercorrência.
Fonte: Rede Itasat
