No fim de janeiro, quando foi divulgado o primeiro LIRAa - levantamento para identificar o índice de infestação predial do Aedes aegypti, Sete Lagoas já disparou o alerta quanto ao risco de uma nova epidemia de dengue. O percentual que indicava a presença de larvas em um grande número de imóveis provocou medidas emergências da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A Gerência de Controle da Dengue intensificou ações nos bairros em situação mais preocupante com visitas domiciliares e bloqueio de transmissão utilizando máquinas de nebulização portáteis conhecidas como “fumacê costal”.
Em Sete Lagoas já foram notificados 444 casos suspeitos de dengue este ano, sendo que 58 foram confirmados e 386 descartados. Ainda foram notificados dois casos de chikungunya e quatro casos de Zika vírus, sendo dois em gestantes e dois na população em geral, todos em investigação. As equipes estão realizando o bloqueio nos bairros Nossa Senhora das Graças e Boa Vista e já estiveram nos bairros JK, São Geraldo e Barreiro de Cima. “É possível abrir novas frentes de trabalho de acordo com o aumento das notificações. Serão dias intensos de trabalho com esses equipamentos”, explica o gerente do Controle da Dengue no município, Adriano Marcos.
O LIRAa de janeiro mostrou resultado de 5%, muito acima do preconizado pelo Ministério de Saúde, que é menor que 1%. Alguns bairros que apresentaram incidência muito alta são: Nossa Senhora das Graças, Boa Vista, Barreiro de Cima, CDI, JK. Ondina Vasconcelos de Oliveira (Cidade de Deus), São Geraldo Montreal, Centro, Luxemburgo, Nossa Senhora do Carmo I e Manoa. Os principais criadouros encontrados foram: reservatórios de água, vasos de plantas, plantas aquáticas e ralos.
ORIENTAÇÕES
Para maior eficácia do produto e para garantir os cuidados com a saúde, a população deve ficar atenta às seguintes recomendações:
- Abrir portas e janelas de suas residências, no momento da aplicação;
- Acondicionar alimentos em recipientes próprios com tampas;
- Cobrir gaiolas de pássaros;
- Retirar roupas que estiverem em varais;
- Após a aplicação do fumacê, trocar água e alimentos dos animais domésticos;
- Permanecer fora do domicílio durante a aplicação e retornar após 15 minutos.
Além de manter os quintais limpos, ou seja, livre de objetos que possam acumular água e servir de criadouros para o mosquito, as pessoas que apresentarem dois ou mais desses sintomas: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, nas juntas ou abdominal, devem procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa.
Problemas de saúde decorrentes da aplicação do “fumacê” raramente ocorrem, mas caso aconteçam, o paciente deve procurar imediatamente a unidade de saúde para atendimento médico e notificação.
