O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, presta um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (28). Cid chegou ao edifício-sede da corporação, na área centra de Brasília (DF), perto das 10 horas.
Alvo de diferentes investigações, o tenente-coronel está preso desde o início de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação contra a covid-19 e inserir informações falsas nos sistemas do Ministério da Saúde, beneficiando seus parentes e o ex-presidente.
O novo depoimento ocorre no âmbito da apuração deações dochamado Hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, condenado a 20 anos de prisão por invadir o telefone celular do ex-juiz federal e hoje senador Sergio Moro (União Brasil – PR) e divulgar parte das mensagens que Moro trocou com autoridades, como oex-coordenador da força-tarefa Lava Jato e atual deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
Ohackertambém é acusado de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir, no Banco Nacional de Mandados de Prisão, falsos alvará de soltura e uma ordem de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Ao deporà Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso Nacional, no último dia 17, Delgatti afirmou que invadiu osistema do CNJ para desmoralizar o Poder Judiciário. Ohackerdisse ter agidoa mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), de quem ele afirma ter recebido R$ 40 mil.Zambelli nega as acusações.
Delgatti também asseguraquese reuniucom o ex-presidente Jair Bolsonaro,no Palácio do Planalto, para discutir a possibilidade deinvadir as urnas eletrônicas, com o propósito de fraudar o código-fonte. Segundo ohacker, Mauro Cid teria presenciado sua conversa com o ex-presidente.
O ex-ajudante de ordenscomeçou a deporà PFsobre as afirmações de Delgattina última sexta-feira, mas a oitiva foi interrompida.