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Quadrilha

MP deve denunciar policiais e demais presos suspeitos de integrar quadrilha do caça-níquel

Crime organizado

07/03/2020 09h06
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deve oferecer denúncia à Justiça, na próxima semana, contra os investigados na operação Hexagrama, desencadeada nessa sexta-feira (6), em Belo Horizonte, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Contagem e Sete Lagoas, com apoio das polícias Civil e Militar.

Quatorze pessoas foram presas por integrar uma quadrilha que atuava no esquema de caça-níqueis, lavagem de dinheiro e, possivelmente, no tráfico de drogas. 

Dentre os presos estão dois policiais civis (um deles vereador em Ribeirão das Neves), cinco policiais militares, um gerente da organização (preso pela Polícia Rodoviária Federal-PRF) em Congonhas durante fuga pela BR-040), além do chefe, conhecido como Danone, preso em casa, em um condomínio de luxo em Nova Lima. 

Durante a operação comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram apreendidos cerca de R$ 80 mil, três veículos blindados, duas armas de fogo, além de ecstasy, LSD e cocaína. Há suspeita de que um homicídio ocorrido esta semana e um tentado  no ano passado estejam ligados à disputa pelo ponto de máquinas de caça-niqueis. 

Os policiais civis presos foram encaminhados à Casa de Custódia. Um deles era responsável por repassar informações privilegiadas ao líder da quadrilha. Já os militares são apontados como os responsáveis pela segurança armada da quadrilha. 

O MPMG também vai abrir investigação para apurar o papel dos proprietários dos estabelecimentos onde as caça-niqueis foram apreendidas.