RR MÍDIA 3
Coperlidere
Bancada eufórica

Projeto que prevê absorvente gratuito une bancada feminina no Congresso Nacional

Em locais públicos

11/03/2020 11h13Atualizado há 5 anos
Por:

Alvo de discussões acaloradas nos últimos dias, o projeto de lei que prevê distribuição gratuita de absorventes higiênicos em locais públicos ganhou o apoio de deputadas e senadoras de diferentes partidos, além de profissionais de saúde e educação. A proposta, apresentada pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP) às vésperas do Dia Internacional da Mulher, sob a justificativa de dar mais dignidade a mulheres pobres, despertou reações contrárias até de integrantes do governo, como o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Entre as parlamentares, o tema uniu representantes do PCdoB ao MDB. "Não estamos falando só de absorvente, estamos falando de saúde da mulher", disse a primeira-secretária da Câmara, Soraya Santos (PL-RJ). Ela avaliou que a pauta deve mobilizar a bancada das mulheres, a maior na história feminina da Câmara dos Deputados, com 76 representantes.

A proposta prevê a distribuição gratuita em presídios e em espaços públicos para mulheres de baixa renda. Os custos ficariam a cargo do governo. Essa é uma das razões para as fortes críticas nas redes sociais. Tabata estima um custo aproximado de R$ 119 milhões ao ano. A proposta deixa a cargo do governo os critérios de quantidade, tipo de absorventes e locais de distribuição.

"É óbvio que isso tem um impacto financeiro que precisa ser analisado, mas, a princípio, com regramentos e objetivos específicos, tem o meu apoio", disse a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Simone Tebet (MDB-MS).

Para Tabata, a reação negativa é fruto do preconceito contra a agenda feminina. "Pautas femininas são invisíveis e ainda um grande tabu na sociedade."