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Meio Ambiente

BDMG desembolsa 120 milhões de euros em projetos sustentáveis e apresenta na COP28 os resultados da parceria com o Banco Europeu de Investimento

Em Dubai, o vice-presidente Antônio Claret vai mostrar os financiamentos à energia renovável e eficiência energética em Minas

01/12/2023 10h01
Por: Redação
Fonte: Secom Minas Gerais
BDMG / Divulgação
BDMG / Divulgação

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) concluiu os desembolsos do contrato de 120 milhões de euros, mais de R$ 600 milhões, captados junto ao Banco Europeu de Investimento (BEI) para financiar projetos relacionados à sustentabilidade. Do total do contrato, 90 milhões de euros foram destinados a 62 projetos relacionados a energia renovável e eficiência energética. O êxito da parceira com o BEI, entre assinatura de contrato e desembolso total dos recursos, de apenas 4 anos, será apresentado pelo vice-presidente do BDMG, Antônio Claret Junior, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes.

Com os recursos da parceria com o BEI foram financiadas 56 novas usinas fotovoltaicas que contribuem para a diversificação da matriz energética do estado. Com os investimentos, Minas se transformou em líder no Brasil de geração de energia solar, passando de 500 megawatts em 2018 para 7 gigawatts em 2023. Além das usinas fotovoltaicas, foram liberados crédito para a construção de três centrais geradoras hidrelétricas, dois projetos de iluminação pública e um projeto de biomassa. As iniciativas foram desenvolvidas em 57 municípios mineiros de todas as regiões de Minas.

“Minas Gerais é uma das localidades do mundo com o maior potencial para liderar esse processo de transição para uma energia limpa, sem emissões de CO2. Temos quase 100% da nossa matriz energética de fontes renováveis. E um dos nossos destaques é justamente a energia fotovoltaica. Minas tem a maior geração de energia solar do país, muito em função desse financiamento do BDMG que possibilitou essa expansão nos últimos anos”, destacou o vice-governador  Professor Mateus, que aponta ainda que Minas ainda tem potencial para crescer muito mais na área.

“Os recursos do contrato com o BEI proporcionaram ao BDMG oferecer a empresas de diferentes portes e setores em Minas Gerais opção de crédito de longo prazo a custos acessíveis para investimentos. Além de benefícios ambientais e financeiros claros, a iniciativa também gerou novos postos de trabalhos em função dos investimentos realizados durante a execução dos projetos e também após a conclusão deles”, afirma o vice-presidente do BDMG, Antônio Claret. “Só para se ter uma ideia, 40 dos 57 municípios que receberam financiamentos a esses projetos sustentáveis com recursos do BEI têm IDH abaixo da média brasileira. É uma oportunidade de o BDMG apoiar o desenvolvimento onde o Estado mais precisa”, completa.

Os demais 30 milhões de euros financiaram projetos de micro, pequenas e médias empresas mineiras, principalmente aquelas afetadas durante o período da pandemia de covid-19, chegando a quase 3 mil empresários de 300 municípios mineiros.

O apoio na oferta de financiamento a esse setor energético amplia a liderança de Minas Gerais neste cenário nacional. Com os projetos financiados com recursos do BEI, são mais 684 GWh/ano em eletricidade produzida nas novas usinas solares. Atualmente, o Estado é um dos líderes no ranking brasileiro em energia solar fotovoltaica na modalidade geração distribuída e alcançou 100% das suas cidades com esse tipo de geração.

Histórico

O histórico da parceria entre BDMG e BEI tem relação direta com a COP. O contrato inicial com o BEI no valor de 100 milhões de euros foi assinado em 2019 com o objetivo de destinar os recursos exclusivamente para energia renovável e eficiência energética, tendo sido a maior operação internacional da história do BDMG na época e a primeira do banco europeu no Estado. No mesmo ano, durante a COP25, em Madri, foi assinado memorando de entendimento para reforçar a cooperação entre as duas instituições.

Em 2020, em função da pandemia de covid-19, houve uma flexibilização do uso dos recursos como resposta à crise sanitária. No ano seguinte, durante programação paralela da COP26, foi oficializado acréscimo de 20 milhões de euros do limite do contrato original, chegando a 120 milhões de euros.

Em maio deste ano, BDMG e BEI celebraram o marco de 100 milhões de euros em desembolsos. Já os últimos 20 milhões de euros foram concluídos agora em outubro.

O Brasil é o maior beneficiário de financiamento do BEI na América Latina. Desde o início da atuação do banco em 1997, mais de 5.4 bilhões de euros foram disponibilizados para financiamento no país.