Jovens também se infectam e podem ficar em estado grave em razão do novo coronavírus. O alerta é do infectologista Carlos Starling, nesta terça-feira.
“A mortalidade para essa doença é de aproximadamente 2%, mas varia de uma região do mundo para outra. Exemplo: na China estava em torno de 2% a 3%; na Itália, em algumas cidades, está em torno de 7%, já em outras cidades da Itália, e em faixas etárias mais altas, como pacientes acima de 70 anos, a mortalidade chega a 15%, 16%”, disse o médico, que alertou:
“Fica parecendo que essa é uma doença que é um problema só para pacientes mais idosos, mas não é. Pessoas jovens também se infectam e ficam graves”.
O infectologista reforçou a importância de as ‘pessoas entenderem que a possibilidade de contenção é exatamente com isolamento’, já que é improvável a descoberta de uma vacina no curto prazo.
“As vacinas, de fato, estão em pesquisa. Estamos usando pesquisas que foram feitas em 2002, 2012 para outras epidemias de coronavírus que nós sabemos. Agora, nós podemos adiantar um pouco essas vacinas, mas elas não chegam antes de 1 ano”.
O perfil da maior parte dos mortos relacionados ao novo coronavírus na Itália, o segundo país mais afetado até agora pela pandemia, se assemelha aos da China, epicentro do novo vírus: os efeitos são particularmente fortes nos idosos do sexo masculino que já conviviam com alguma doença.
Na Itália, contudo, diante da população idosa proporcionalmente maior, a taxa de mortalidade da doença causada pelo vírus, a Covid-19, chegou nesta segunda-feira (16/03) a 7,7%, enquanto o índice chinês médio é de 2,3%.