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contra o prefeito

Oiapoque vai à Justiça contra decreto de Kalil; 'Pensando em dinheiro’, desabafa lojista

Denúncia

19/03/2020 11h24
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Local de aglomeração no Centro de Belo Horizonte, o Shopping Oiapoque não está disposto a paralisar as atividades, mesmo após decreto publicado pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, na noite dessa quarta-feira (18). A medida, que visa combater a propagação do novo coronavírus, suspende o alvará de funcionamento de estabelecimentos comerciais, incluindo shopping centers, a partir desta sexta-feira (20).

Um lojista, que não será identificado, apresentou um documento, assinado pela administração do shopping, que cita que o estabelecimento vai entrar com pedido de liminar nesta quinta-feira para manter o funcionamento. “Estamos otimistas que teremos sucesso”, diz o documento. Veja abaixo.

O lojista também cita que o shopping está “pensando em dinheiro” e “não quer saber da saúde do pessoal”. Ele relata preocupação com familiares. Outra grave denúncia é feita: o comerciante diz que os lojistas foram ameaçados de multa caso os funcionários usem máscaras, um dos itens essenciais para evitar a disseminação do coronavírus.

Dono do Shopping Oiapoque, Mário Valadares confirma que vai entrar na Justiça. Ele diz que entende a questão da saúde pública, mas que milhares de famílias seriam prejudicadas. Sobre a suposta proibição do uso de máscaras, ele diz que o estabelecimento segue as recomendações do Ministério da Saúde.

“Isso vai ser uma tendência natural, mas não de maneira obrigatória e num espaço de um dia para o outro. Aqui existem aproximadamente quatro mil comerciantes, direto e indiretos. Eles não podem de um dia para o outro não poder comercializar mais nada. Eles fazem parte de uma classe de comerciantes que tem pouca assistência governamental”, destaca.

De acordo com ele, o escritório de advocacia que entrou com pedido de liminar para o Oiapoque também acionou a Justiça para outros shoppings. “Não sei quais são, mas é um escritório que está entrando com uma liminar em função de ter sido feito um decreto de um dia para o outro, de forma radical”. 

Ele completa dizendo que “apoia medidas em função da não disseminação do vírus” e que ações são feitas dentro do shopping, com uso de álcool gel e avisos, e que aglomerações nos elevadores são evitadas.

Documento enviado por lojista: