O réu Jaime Tristão Alves irá a julgamento no Tribunal do Júri pela morte da ex-companheira, Cláudia de Paiva Rezende, em Juiz de Fora. Ele responderá por feminicídio e ocultação de cadáver. A sentença de pronúncia foi dada nesta sexta-feira (13), após a audiência de instrução no Fórum Benjamim Colucci.
Além de acatar a denúncia do Ministério Público, o juiz Paulo Tristão negou ao réu ao direito de aguardar pelo julgamento em liberdade. Jaime Tristão está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) desde agosto. A data do julgamento ainda será marcada.
Após cinco meses do desaparecido, o corpo de Cláudia de Paiva foi encontrado na terça-feira (10), no Bairro Barreira do Triunfo. A vítima tinha sido vista pela última vez no dia 6 de julho deste ano, no Bairro Nova Era.
Durante uma entrevista coletiva, realizada nesta quarta-feira (11), para explicar mais detalhes sobre o caso, o delegado responsável pela investigação, Rafael Gomes, informou à imprensa, que o celular de Jaime tinha localização compatível com a região onde o corpo foi encontrado.
07/08/2019: Polícia Civil investiga desaparecimento de mulher em Juiz de Fora depois de ser vista com ex-companheiro;
08/08/2019: Suspeito do desaparecimento da ex-mulher em Juiz de Fora é preso em Rochedo de Minas;
16/08/2019: Justiça converte em preventiva a prisão de suspeito do desaparecimento da ex-mulher em Juiz de Fora;
21/08/209: Suspeito do desaparecimento da ex-mulher presta depoimento novamente em Juiz de Fora;
04/11/2019: Quase quatro meses após desaparecimento de ex-mulher, Jaime Tristão é denunciado por feminicídio e ocultação de cadáver em Juiz de Fora;
10/12/2019: Cinco meses após desaparecimento corpo de Cláudia de Paiva é encontrado no Bairro Barreira do Triunfo em Juiz de Fora;
11/12/2019: Polícia Civil revela que celular de ex-marido tinha localização compatível com a região onde o corpo foi encontrado.
Jaime Tristão foi intimado para oitiva nesta quarta-feira após o encontro do cadáver. Segundo o delegado, ele foi trazido do Ceresp para a delegacia na presença de um advogado e permaneceu em silêncio, porém reconheceu de imediato o corpo de Cláudia, através da foto.
"É um sujeito extremamente frio. Ele não se manifestou e nem esboçou qualquer tipo de reação. É uma situação que causa arrepio, estranheza, principalmente pelo fato do estado avançado de decomposição. Não temos dúvida da autoria dele.", afirmou Rafael.
O reconhecimento formal do corpo foi feito pela irmã de Cláudia no Instituto Médico Legal (IML). Ainda na terça-feira, foi a realizada a necropsia e o laudo deu inconclusivo por conta do estado de decomposição avançada.
Conforme o delegado, ainda restam os resultados de laudos periciais que foram encaminhados para Belo Horizonte.