O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participou na manhã desta quarta-feira (25), de uma videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro e os governadores do Sudeste do país para "discussões e alinhamento das ações de enfrentamento contra o coronavirus no Brasil". No encontro, Zema falou sobre a "importância de, neste primeiro momento, adotar as medidas de prevenção contra a doença – respeitando as determinações já adotadas pelo governo e as da Organização Mundial de Saúde (OMS)".
O chefe do Executivo mineiro, entretanto, também defendeu ações efetivas do governo federal para minimizar os impactos econômicos à população.
Pelas redes sociais, o governador mineiro divulgou um vídeo fazendo um balanço sobre o enontro. Segundo Zema, ele levou para a reunião os pleitos do Estado, que está sendo fortemente impactado e com a persistência dessa crise já é certo que haverá uma queda na arrecadação de ICMS da ordem de R$ 7,5 bilhões: "Isso seria catastrófico para o nosso Estado. Corresponde a duas folhas de pagamento que o governo arca mensalmente", disse.
Diante disso, o governador pediu para que o Planalto tente antecipar os recursos da Lei Kandir e faça uma articulação para que o Congresso Nacional aprove o quanto antes o Plano Mansueto.
Ao final do vídeo, Zema apresentou uma contradição ao dizer que o Estado e o país estão "tomando decisões corretas para o enfrentamento da crise", mesmo ele anunciando que Minas iria seguir determinações das autoridades da saúde e o governo federal defendendo um isolamento vertical, que é a volta da normalidade na rotina e apenas o grupo de risco ficar recluso.
"Foi uma reunião bastante produtiva e tenho certeza que Minas e o Brasil estão tomando medidas certas para que nós venhamos a superar esse, que talvez seja o momento mais difícil das últimas décadas", completou.
Também participaram da videoconferência, pelo governo federal, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB); o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; além de outros ministros como Paulo Guedes. Por Minas Gerais, os secretários de Governo, Igor Eto, de Fazenda, Gustavo Barbosa, de Planejamento e Gestão, Otto Levy, e o secretário geral, Mateus Simões, também participaram da reunião.