A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) comandou uma operação especial contra o crime organizado em uma penitenciária de Muriaé, na Zona da Mata, nesta segunda-feira (15/4).
Detentos ligados a grupos criminosos foram alvo de fiscalização na Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior, em que foram realizados diversos procedimentos de segurança, inspeções manuais e revistas gerais em todas as celas que abrigam integrantes dessas facções.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, explica que este tipo de operação deverá acontecer regularmente em todas as penitenciárias e presídios de Minas Gerais. “Nosso objetivo é sempre fiscalizar e evitar a todo custo que a criminalidade aconteça também dentro do sistema prisional. Operações como essa, somadas ao trabalho de prevenção e de fiscalização, vão nos trazer sucesso nesse sentido”, reforça Greco.
A ação envolveu servidores da Superintendência de Informação de Inteligência do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) , da Agência Central de Inteligência da Sejusp, do Comando de Operações Especiais (Cope) – grupamento especializado da Polícia Penal – e demais policiais penais da unidade.
Os agentes encontraram anotações suspeitas, que serão encaminhadas para investigação do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado, parceria recém-criada pela Sejusp e pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para enfrentamento às facções criminosas que atuam no estado.
O diretor-geral da Depen-MG, Leonardo Badaró, acompanhou a operação de perto, junto de sua equipe, e lembra que seu departamento realiza revistas em unidades prisionais diariamente.“A constância dessas operações demonstra o compromisso com a segurança pública e em desarticular qualquer atividade ilegal dentro das unidades”.
As revistas “pente-fino” em todas as celas de uma unidade, de uma única vez, envolvem um aparato maior de equipamentos bem como de policiais penais, como foi a da manhã desta segunda-feira, com início às 5h, antes mesmo do amanhecer.
Para o diretor-geral da Agência Central de Inteligência da Sejusp, Murillo Ribeiro de Lima, a operação foi mais uma das ações estratégicas adotadas pela secretaria para enfrentar a atuação das facções criminosas. “A cooperação entre as agências de inteligência e as equipes operacionais está tendo reflexo no aprimoramento dos procedimentos de segurança, no acompanhamento e isolamento de lideranças e nas estratégias de desarticulação dos grupos que atuam dentro e fora dos presídios", analisa Murillo.