Coperlidere
RR MÍDIA 3
Cruzeiro

Dirigente pediu em janeiro para ele pegar as coisas e ir embora, diz empresário de Dodô

Atualmente, há uma tentativa de acordo

06/05/2020 11h16
Por:

Por Itasat

O empresário do lateral-esquerdo Dodô, do Cruzeiro, Junior Pedroso, afirmou nessa terça-feira (5), que um dirigente celeste pediu para o jogador deixar a Toca da Raposa II em janeiro. Atualmente, há uma tentativa de acordo para que o atleta permaneça no time azul.

“Quando o Dodô se reapresentou para a pré-temporada, um dirigente do clube pediu para ele pegar as coisas e ir embora porque o clube não reconhecia o vínculo com ele”, disse.

No dia 20 deste mês, o responsável pelo futebol cruzeirense no Núcleo Dirigente Transitório, Carlos Ferreira, demonstrou interesse na permanência do lateral. “É um desejo meu que ele fique e tenho certeza que de grande parte da torcida também. O empresário dele me prometeu enviar uma contraproposta o mais breve possível”, declarou.

“Sabemos que os números do contrato do Dodô são complexos e certamente precisa-se de um tempo razoável para ajustá-los. Estou ansioso para que essa novela tenha um final feliz”, comentou o dirigente.

Há duas razões para a Raposa tentar um aperto de mãos com o jogador. Uma delas é que o atleta entrou na Justiça para que o clube reconheça o contrato assinado pela diretoria anterior. A outra é que o lateral contratado, João Lucas, não agradou. O problema é dinheiro: o salário de Dodô está bem acima do teto de R$ 150 mil imposto pela atual administração, e o pagamento de R$ 8,8 milhões em luvas (premiação para assinatura de contrato) precisaria ser parcelado.

Na Justiça

Dodô chegou ao clube no início do ano passado, por empréstimo junto à Sampdoria, da Itália. Pelo acordo com o clube europeu, o lateral seria cedido até dezembro e, depois, o Cruzeiro seria obrigado a exercer a opção de compra caso o jogador fizesse pelo menos três partidas na temporada e a Raposa atingisse mais de 15 pontos no Campeonato Brasileiro – o que ocorreu. O novo vínculo passaria a valer em 1º de janeiro de 2020 e iria até dezembro de 2023.

Além de assumir luvas (pagamento por assinatura de contrato) de R$ 8,8 milhões com Dodô, a antiga diretoria do Cruzeiro se comprometeu a pagar R$ 1,3 milhão à Sampdoria por 90% dos direitos econômicos do jogador. O valor também não foi quitado com os italianos.

A Sampdoria entende que o contrato dela com o atleta não existe mais e que o lateral agora pertence ao clube celeste. Mas, após assumir o controle da Raposa no fim do ano passado, o Núcleo Dirigente Transitório dispensou o jogador como parte da política de redução dos gastos para 2020.

Dodô exige na Justiça a ativação do contrato com o Cruzeiro, além de voltar a treinar imediatamente na Toca da Raposa II. O jogador perdeu a primeira batalha judicial contra o clube, mas pode recorrer. A primeira audiência está marcada para 2 de junho.