Por Itasat
Enquanto se isola da covid-19 no sossego do sítio que tem em Turmalina, cidade com menos de 2 mil habitantes, no interior de São Paulo (a 35 km da divisa com o nariz de Minas), o meia Régis, do Cruzeiro, sabe que, quando o futebol voltar, o dia a dia será oposto.
Afinal, para o recém-contratado que sequer estreou, a competição mais importante na temporada será o Campeonato Brasileiro da Série B, que ele já disputou, e considera mais difícil do que a primeira divisão.
“Pela experiência que eu tive no Bahia, a Série A é difícil; a Série B, muito mais. A gente tem que matar um leão a cada dia, não pode perder ponto. É um campeonato com equipes muito boas, mas a gente está vestindo a camisa do Cruzeiro e, onde o Cruzeiro for, o jogador (adversário) têm que respeitar”, afirmou à TV Cruzeiro.
O atleta considera que a diferença entre as divisões está na característica dos jogos. “[Na Série B] são times cascudos, que às vezes na técnica [a gente] não vai vencer. É ‘madeira’ (jogo duro) toda hora, não tem bola perdida, mas a gente tem que se adaptar o quanto antes e fazer com que o campeonato fique fácil”, disse.
“A gente tem um treinador que tem toda a capacidade para fazer com que o nosso time apresente aquilo que o torcedor quer. Nem sempre vai ser o jogo bonito. Eu prefiro jogar feio e vencer a jogar bonito e perder”, comentou ele, que reencontrará no time celeste o técnico Enderson Moreira, com quem trabalhou no tricolor baiano.
Reforço mais recente da Raposa, o meia foi anunciado no dia 17 de abril, quando as atividades no futebol já estavam paralisadas por causa da pandemia do novo coronavírus. Régis tem 27 anos e chega por empréstimo do Bahia até o fim desta temporada, quando termina o vínculo com o clube nordestino, que pagará parte dos salários do jogador. Caso o Cruzeiro retorne à Série A neste ano, Régis firmará vínculo definitivo com o clube até dezembro de 2021.
Natural de Turmalina, ele foi formado nas categorias de base do São Paulo e passou por Chapecoense, Sport, Palmeiras, Corinthians e Al-Wehda, da Arábia Saudita. Pelo Bahia, conquistou a Copa do Nordeste, em 2017, competição em que foi eleito craque e conquistou a artilharia, com seis gols em 11 jogos.