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Coronavírus

Entidade vai à Justiça garantir afastamento de profissionais do grupo de risco em Minas

Segundo o conselho, dois profissionais da enfermagem já morreram em Minas

13/05/2020 10h26
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Por Itasat

O Conselho Regional de Enfermagem de Minas (Coren-MG) vai entrar com ações na Justiça Federal contra prefeituras e o governo do estado. O objetivo é garantir o afastamento do trabalho de profissionais do grupo de risco que estão atuando na linha de frente do combate à covid-19 em unidades públicas de saúde. Segundo o conselho, dois profissionais da enfermagem já morreram em Minas e 93 no Brasil, vítimas do vírus.

Na ação judicial, o conselho de enfermagem pede ainda a disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a todos os trabalhadores da área.

O diretor do conselho, Gustavo Arantes, denuncia que há resistência da direção de algumas unidades de saúde de dar licença médica a quem está na linha de frente contra o coronavírus. “Você imagina uma instituição que já tinha um déficit profissional e os profissionais começam afastar. Por causa dessa demanda, as instituições têm a necessidade de contratar mais profissionais, e a gente sabe da realidade de muitos municípios, essa dificuldade financeira. Então acabam tentando segurar ao máximo esse afastamento de profissionais do grupo de risco para amenizar o impacto de pessoal”, explica.

Para Arantes, essa somatória de fatores contribui para a situação que é vivenciada, de alguns municípios e instituições tentarem ‘segurar’ os trabalhadores, evitando o afastamento. Por isso, segundo o diretor, foi tomada a iniciativa de entrar com ações civis públicas, com o intuito de que o conselho entre nas 27 subseções da Justiça Federal do estado, alcançando os 853 municípios de Minas.

Em relação aos problemas nos hospitais particulares, Arantes afirma que são realizadas ações estratégicas junto ao Ministério Público do Trabalho e ações conjuntas com sindicatos de trabalhadores.