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Pesquisa

Betim realizará pesquisa inédita para identificar circulação do coronavírus na população

Em junho

16/05/2020 09h58
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Por Itasat

Uma pequena parte da população de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, terá a oportunidade de participar de uma pesquisa inédita realizada pela prefeitura, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para identificar como está a circulação do coronavírus (covid-19). Segundo o boletim epidemiológico do município, a cidade possui, até a última quinta-feira (14), 37 casos confirmados da doença, com três mortes e um óbito em investigação.

O processo começará em junho e cerca de 5.400 pessoas serão selecionadas ao longo das etapas da pesquisa para fazer os dois testes: o rápido, que identifica a presença de anticorpos para a doença (se a pessoa já foi contaminada pelo coronavírus em algum momento), e o de proteína C-reativa (PCR), que determina se a pessoa está com o vírus, mesmo se não tenha manifestado os sintomas.

A pesquisa será realizada inicialmente em três etapas, podendo chegar a cinco. Em cada processo, 1.080 residências sorteadas aleatoriamente serão visitadas pelas equipes da Secretaria de Saúde do município, formadas por um enfermeiro, um agente comunitário de saúde (ACS) e um motorista. Em cada domicílio, a pessoa deverá responder ao questionário e fazer os dois testes.

Os participantes terão acesso aos dois resultados. O do teste rápido será dado ainda durante a visita, enquanto o da PCR estará disponível virtualmente, podendo ser consultado por meio de uma chave de acesso que será disponibilizada para cada participante. Aqueles que apresentarem sintomas e tiverem resultado positivo serão orientados e encaminhados para atendimento na rede SUS.

De acordo com a prefeitura de Betim, os resultados darão subsídio para o planejamento de ações de combate ao coronavírus e para o sistema de saúde da cidade organizar o atendimento à população.

Além de estimar cientificamente o número pessoas contagiadas e a variedade do vírus em circulação na cidade, a pesquisa vai permitir identificar a taxa de subnotificação na população de Betim. O trabalho vai permitir ainda definir a proporção de assintomáticos, os sintomas mais prevalentes e estimar as taxas de detecção e letalidade da doença.

“As equipes que realizarão o trabalho de campo estarão uniformizadas e identificadas. Em todos os documentos, autorizações e formulários da pesquisa constarão o telefone para que os participantes possam confirmar a idoneidade da pesquisa”, explicou o secretário municipal adjunto de Saúde de Betim, Augusto Viana.