Por Itasat
O Al-Wahda classificou como "infundadas" as justificativas apresentadas pelo Cruzeiro para o não pagamento da dívida R$ 5 milhões do empréstimo do volante Denílson, que resultou na perda de 6 pontos no Campeonato Brasileiro Série B. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi informada pela Fifa nessa terça-feira (19). A diretoria celeste estebeleceu contato com o próprio Al-Wahda para tentar viabilizar nova data de pagamento e evitar a punição.
O clube mineiro, portanto, está ciente.
Na mensagem, o Al-Wahda destaca:
1 - A tentativa do Cruzeiro Esporte Clube de justificar o atraso da decisão da Fifa, com base nas condições atuais decorrentes à covid-19, é infundada. Como valor de pagamento no período de 8/11/16 a 1/11/2017 estava de acordo com o contrato assinado entre as partes e três anos antes do coronavírus. Portanto, a pandemina não pode ser considerada de força maior.
2 - O Cruzeiro Esporte Clube não mostrou nenhuma indicação de boa intenção pagando até uma parcela até o momento. Mas apelou ao caso em todos os níveis possíveis dos tribunais da FIFA com a intenção de atrasar o pagamento.
3- O Cruzeiro Esporte Clube já concedeu 90 dias de carência para pagamento após o primeiro pedido do CAS e outros 90 dias após o segundo caso do CAS (contra o Comitê Disciplinar), além do primeiro período de carência concedido após o primeiro pedido da FIFA.
4- Relacionar a desvalorização da moeda brasileira durante o período do processo é de responsabilidade do Cruzeiro Esporte Clube devido ao descumprimento de seu compromisso legal e, portanto, não tem relevância para o caso.
5- O Al-Wahda FC também possui suas próprias obrigações e compromissos financeiros para realizar suas atividades.
Agora, o processo volta para julgamento e o Cruzeiro terá aproximadamente cinco meses para quitar o débito com o clube árabe. Se não conseguir, a equipe celeste sofrerá uma punição será mais severa, como o rebaixamento para a Série C do Brasileirão.
Denílson chegou ao Cruzeiro por empréstimo de seis meses pelo valor de 850 mil euros, mas pouco atuou e deixou o clube quatro meses depois. No período, o jogador entrou em campo apenas cinco vezes, não agradou ao técnico Mano Menezes, na época, e foi dispensado. O clube celeste, desde então, não efetuou o pagamento e o caso foi parar na Fifa.