Por O Tempo
A Procuradoria Geral da República (PGR) informou que a ação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) que tem como um dos alvos o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), apura a possível prática dos crimes contra a lei de lictações, de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
“O inquérito apura suspeitas de que uma organização social contratada para fornecer o material necessário para o funcionamento de hospitais de campanha montados pelo governo estadual para atender pacientes infectados fraudou documentos, superfaturou o valor dos insumos. A ação teria a participação de agentes públicos, incluindo gestores da Secretaria Estadual de Saúde, responsáveis pelo processo de compra. Iniciadas no âmbito do Ministério Público Estadual, no Rio de Janeiro, as investigações foram enviadas à PGR, em Brasília, após a identificação de indícios da participação de pessoas com prerrogativa de foro junto ao STJ”, diz a PGR.
Segundo a chefia do MPF, as buscas desta terça-feira têm o objetivo de recolher documentos para a investigação.
A previsão orçamentária do Estado era gastar R$ 835 milhões com os hospitais de campanha em um período de até seis meses. A suspeita é que parte desse valor teria como destino os próprios envolvidos. O esquema para viabilizar os desvios envolveria superfaturamento e sobrepreço, além da subcontratação de empresas de fachada.