Por O Tempo
As barreiras sanitárias, criadas em Belo Horizonte como forma de prevenção ao coronavírus, já encaminharam 456 pessoas com sintomas de Covid-19 para os serviços de saúde de referência da capital. No total, 95.689 pessoas, em 51.322 veículos, foram abordadas em seis dias de operação, de 18 de maio até esta segunda-feira (25). Atualmente, as estruturas estão presentes em 12 pontos da capital, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
Na avenida dos Andradas, na altura do bairro Vera Cruz, na região Leste de Belo Horizonte, cinco profissionais da saúde, além de guardas civis municipais, trabalham na abordagem dos motoristas e passageiros de motos, carros e ônibus, escolhidos de forma aleatória. Na manhã desta terça-feira (26), diversos veículos foram parados, inclusive um ônibus da linha 4610 (Coqueiros/Itacolomi/Belo Horizonte), que estava lotado.
Os profissionais da saúde aplicam um questionário aos abordados. Eles perguntam se a pessoa teve contato com algum paciente com suspeita ou confirmação de Covid-19 e se apresentou sintomas como dor de garganta, tosse e perda de olfato e paladar. Eles também medem a temperatura corporal dos entrevistados e orientam sobre o uso correto de máscaras e outras medidas de prevenção.
O pedreiro Valderci Soares, 50, foi abordado com a família e aprovou a iniciativa da prefeitura. “É necessário para todos, nesse momento não temos que pensar só em nós mesmos, temos que pensar no próximo também. Tenho saído de casa só se houver necessidade, evitado contato com os idosos ao máximo, tudo para que isso passe rápido”, diz.
O motorista de ônibus Eduardo Novais, 37, não acredita na eficácia da medida. “Eu, sinceramente, acho que não vai resolver nada. Tento tomar todos os cuidados, como passar o álcool em gel, mas é complicado, o vírus está no ar. Eu fico receoso”, afirma. “Nessas barreiras sanitárias, deveriam descer os passageiros dos ônibus superlotados”, completa.
O microempresário Lucas Henrique, 37, é de Sabará, na região metropolitana, e costuma ir para Belo Horizonte a trabalho. Ele e a família foram liberados e se sentiram mais seguros. “É excelente, um meio de prevenir e evitar a expansão da doença. Eu estou sempre usando máscara, lavando as mãos, usando álcool em gel e evitando aglomerações”, pontua.
Quem é parado nas barreiras sanitárias e apresenta suspeita de infecção pelo coronavírus recebe uma ficha de encaminhamento, com a recomendação de procurar uma unidade de saúde específica na capital.
Veja os pontos onde há barreiras sanitárias na capital nesta terça-feira:
1. Avenida Amazonas, próximo ao viaduto do Anel Rodoviário;
2. Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, próximo à rua Conde Pereira Carneiro;
3. Avenida Professor Clóvis Salgado, próximo à avenida Serrana;
4. Rua Júlio Mesquita, próximo à rua Taboão da Serra;
5. Avenida Civilização, próximo à rua dos Menezes;
6. Avenida Dom Pedro I, próximo à rua Bernardo Ferreira da Cruz;
7. Avenida Cristiano Machado, próximo à rua das Gabirobas;
8. Avenida Vereador Cícero Idelfonso, próximo à rua Nogueira da Gama;
9. Avenida dos Andradas, no trecho entre a rua Itaguá e a rua Marzagânia;
10. Avenida José Cândido da Silveira, no trecho entre a MG–005 e a rua José Moreira Barbosa;
11. Avenida Raja Gabaglia, próximo à rua Parentins;
12. Avenida Nossa Senhora do Carmo, no trecho Belvedere.