Por Itasat
MPF pede arquivamento provisório de inquérito que investigou atentado contra o presidente
O Ministério Público Federal (MPF) concluiu que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho no atentado contra o até então candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido), em 6 de setembro de 2018. Com esse resultado o órgão se manifestou nesta quinta-feira (4), pelo arquivamento do segundo inquérito que apura a participação de terceiros no crime.
Segundo o inquérito, Adélio já estava em Juiz de Fora quando o ato de campanha foi programado. A investigação aponta também que ele não se deslocou até a cidade com o objetivo de cometer o crime. Ele não mantinha relações pessoais com ninguém em Juiz de Fora, tampouco estabeleceu contatos que pudessem ter exercido influência sobre o atentado.
As investigações também mostram que ele não efetuou ou recebeu ligações telefônicas ou troca de mensagens por meio eletrônico com possível interessado no atentado ou relacionadas ao crime.
O inquérito também deixou claro que, nas contas bancárias de Adélio e de seus familiares investigados, não houve nenhuma movimentação financeira incompatível com suas atividades trabalhistas ou com os respectivos padrões de vida.
Com isso, fica claro que não há respaldo à hipótese de que o delito pudesse ter sido praticado mediante pagamento. Mas para que esse segundo inquérito seja arquivado, é necessário uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam concluídas diligências, como a identificação da origem dos honorários alegadamente pagos para a defesa de Adélio.
“Nessa investigação, também não há suspeita de participação dos advogados na infração penal. E a identificação da origem dos honorários alegadamente contratados faz-se igualmente necessária à completa elucidação do fato. Trata-se da linha de investigação ainda pendente, em coerência com a orientação de exaurimento de todas as hipóteses cogitadas”, diz a manifestação.