Oi gente , nossa Câmara Municipal de Vereadores precisa ser estudada pela Nasa. Sinceramente. Vou explicar
Criada há mais de um ano e até hoje sem mostrar serviço, a Comissão de Ética criada na Câmara Municipal de Sete Lagoas em fevereiro do ano passado já acumula cinco denúncias e, até o momento, nada foi apurado.
A primeira delas, feita em agosto do ano passado, envolve o vereador Ismael Soares em um suposto esquema de rachadinha.
A denúncia tem por base matéria publicada no jornal Sete Dias em agosto de 2019.
Nenhuma reunião, oitiva ou convocação de testemunha foi realizada até hoje. Uma convocação do denunciante chegou a ser marcada em fevereiro, o denunciante compareceu no dia e hora marcados, mas a reunião foi cancelada sem que ele fosse avisado.
A segunda denúncia veio em outubro do ano passado, também sobre suposto esquema de rachadinha envolvendo o vereador Marcelo Cooperseltta e suspeita de coersão a testemunha envolvendo o então controlador da Casa, Gilmar Júnior Sousa (o "blogueirinho da Câmara"). De novo, nada foi apurado, nenhuma reunião realizada e nenhuma testemunha convocada a depor. A terceira e a quarta denúncias são mais recentes e tratam de suposta quebra de decoro.
Em março, o presidente Cláudio Caramelo proferiu xingamentos impublicáveis dirigidos ao prefeito Duílio de Castro em um grupo de Whatsapp e em abril, o vereador Milton Martins, também em um grupo de Whatsapp, disparou xingamentos à classe dos advogados.
A quinta e mais recente denúncia foi feita no fim de maio e diz que alguns vereadores estariam "recebendo por fora" para aprovar o Projeto de Lei 50/2020, que trata de doação de terreno a uma empresa da cidade em troca da reforma da rotatória da Barbosa Melo (ligação entre a Santa Juliana, Perimetral e MG 238).
Agora adivinhe qual das cinco denúncias passou na frente na comissão? Exatamente a última, furando a fila. Segundo a Câmara, um escritório de advocacia foi contratado para dar celeridade ao processo de análise das denúncias, ao custo de R$ 17 mil aos cofres públicos, já que a comissão se mostrou inoperante e não conseguiu apurar nada até hoje, mesmo sendo composta por três vereadores e tendo à sua disposição todo o corpo jurídico da Casa, em sua Procuradoria, e podendo contar também com a Corregedoria do Município.
Aí ficam os questionamentos: - Por que passaram a última denúncia na frente em detrimento das demais? - Por que nenhuma reunião das outras denúncias foi realizada até hoje? - Qual o grau de independência na decisão, quando o presidente da comissão é vice-presidente da Câmara e foi candidato a vice junto com um dos réus na última eleição extemporânea cancelada? - Por que contratar um escritório de advocacia externo tendo um corpo de advogados na própria Câmara?
Até mais pessoal.