Covid-19: mais de 2 mil indígenas que vivem em aldeias foram contaminados e 82 morreram

Por Itasat

Desde o início da pandemia, 2.085 indígenas aldeados já foram contaminados e 82 morreram em decorrência da covid-19. Outros 466 ainda são casos suspeitos e estão em investigação. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, e se referem apenas aos indígenas que vivem em aldeias.

Casos do novo coronavírus foram registrados em 500 aldeias, que correspondem a 8,5% dos 5.852 agrupamentos desse tipo existentes no Brasil. "O distrito que mais nos preocupa é o Alto Rio Solimões, que concentra 21% dos casos. Outro que nos preocupa é o Alto Rio Negro. E o terceiro é o Vale do Javali, que concentra a maior população de indígenas isolados”, afirmou o secretário especial de Atenção Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos.

O secretário listou algumas ações, como o acompanhamento dos casos, manutenção e disponibilização de recursos para a compra de insumos, equipamentos, testes e equipamentos de proteção individual (EPIs), além da manutenção das equipes multidisciplinares das equipes de saúde.

“Foram criadas equipes de resposta rápida, um reforço de profissionais. Cada distrito pode contratar até duas equipes. Não temos problema de falta de recursos, mas falta de profissionais e dificuldade de comprar insumos, com máscaras que aumentaram 10.000% o valor”, observou o secretário.

Foram implantadas duas alas indígenas em hospitais de Manaus (AM) e de Macapá (AP), ampliações em unidades de saúde já em funcionamento. Outras estruturas semelhantes estão em implantação no Amazonas, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Roraima.