Por Itasat
O Instituto de Tecnologia em Imuniobiológicos (Bio-Manguinhos/FioCruz) conduz um projeto para vacina sintética contra o novo coronavírus. Os estudos avançam para fase pré-clínica com testes com animais. Para tratar do assunto, o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Bio-Manguinhos, Sotiris Missailidis, deu os detalhes.
Conforme o especialista, por ser sintética, a vacina não é feita de um processo biotecnológico. "A gente não precisa crescer vírus, células", explica. "Não tem o processo biológico. É mais seguro, por exemplo, para produzir", diz. Isso permitiu que a vacina começasse a ser produzida em final de janeiro, antes mesmo da chega do coronavírus ao Brasil.
A previsão, de acordo com ele, é de que a vacina fique pronta em 2022. Na próxima fase, terá início os testes em humanos. Apesar de parecer distante, conforme o Missailidis, o período é considerado recorde.
"Até o momento a vacina mais rápida era três anos. E o mais comum cinco, seis, oito. Esse tipo de tempo. Então desenvolver em 18 meses uma vacina é tempo recorde", explica.
De acordo com ele, quando pronta, a vacina será direcionada para o Ministério da Saúde, que fará a distribuição para o programa de imunização. O processo é o mesmo que deverá ser adotado com as vacinas importadas, que deverão estar disponíveis a partir de 2021.