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Insatisfação

Sindicato dos servidores de Minas Gerais entra na Justiça contra reforma da Previdência

Entretanto, a presidente do sindicato, Antonieta Dorledo, afirma que o texto acaba com o Ipsemg

01/07/2020 09h01
Por:

Pr Itasat

O Sindicato dos Servidores do Ipsemg, Sispsemg, está entrando na justiça contra o governo do estado de Minas Gerais, por causa da reforma da Previdência apresentada pelo governo. A entrevista, o secretário estadual da fazenda, Gustavo Barbosa, nesta terça (30), repercutiu entre os servidores.

Na entrevista, o secretário afirmou que o texto da reforma não acaba com o Ipsemg. Entretanto, a presidente do sindicato, Antonieta Dorledo, afirma que, na leitura dela, a reforma acaba sim com o atual instituto de previdência e a assistência social .

"Eu tenho duas visões. Ou o secretário não tá batendo bem da cabeça, ou ele não lê o que ele escreve. Ele encaminhou pra Assembleia justamente o fim do Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais. Ele está se esquecendo que o Ipsemg é um tripé da seguridade social dos servidores, assistência à saúde, previdência e assistência social. Dizer que o Ipsemg não acaba é uma mentira, tá lá no texto que cria-se a MG Prev e uma gestão pra saúde do servidor e lá no finalzinho escreve Ipsemg. Onde está o Ipsemg? Como?", questiona Dorledo.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação do Estado de Minas Gerais, Sinfazfisco, Hugo Renê de Souza, afirma que o déficit da previdência informado pelo governo do Estado está incorreto e que a reforma apresentada não reproduz a reforma federal. 

"Se esse déficit existir, ele é um acúmulo de décadas de governo e isso não leva a um terço da arrecadação do estado. A fala dele,, em que diz que é a mesma proposta da União, não é bem assim. Na União, quem ganha menos, paga menos. Aqui em Minas Gerais, quem ganha menos vai pagar mais, sim", afirma. 

Segundo o governo do Estado, o maior gargalo para estruturação das contas do estado é a previdência, que acumula um déficit de cerca de R$130 bilhões desde 2013 e, sem a reforma, o Estado perderia repasses da União.

Em relação às alíquotas, o governo informou que foi proposto uma alíquota progressiva, ou seja, quem ganha meno,s paga menos, e quem ganha mais, paga mais. Em nota, o governo disse que reconhece a importância do Ipsemg, que continuará responsável pela assistência à saúde, mas que a previdência ficará a cargo de uma autarquia chamada MG Prev, que será criada.