Por Itasat
Preso em Belo Horizonte, o fundador da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, deve prestar depoimento, nesta quinta (9), ao Ministério Público de Contagem, após ser alvo de uma operação contra sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.
Na última quarta-feira (8), a Justiça de Minas revogou as prisões do superintendente da empresa e da filha do ex-principal acionista da rede varejista, após os dois prestarem depoimento e, segundo a promotoria, contribuído com as investigações.
A força-tarefa, formada pela Receita Estadual de Minas, Ministério Público e Polícia Civil, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e investiga um esquema milionário de sonegação.
O governo de Minas estima que deixou de arrecadar quase 400 milhões de reais em oito anos. A Justiça bloqueou 60 milhões de reais em bens, mas a investigação acredita que o patrimônio dos suspeitos acumulado ilegalmente seja bem maior.
A defesa do diretor da empresa, Pedro Daniel, que era considerado foragido, disse que a Justiça revogou a ordem de prisão e que ele vai se apresentar às autoridades para prestar esclarecimento.
A Ricardo Eletro afirmou que Ricardo Nunes e parentes dele não fazem mais parte da companhia desde o ano passado e ressaltou também que a operação faz parte de processos anteriores à atual gestão e que estava em discussão avançada com o governo do Estado sobre o pagamento dos tributos passados.